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- A cor dos sons: construção de uma reportagem radiofónica com som imersivo - a importância do som na vida de pessoas cegas ou deficientes visuaisPublication . Felício, Tatiana Lopes; Martins, Ana Filipa CerolNo final do século XVIII surgiram as primeiras experiências que pretendiam percecionar o som tal como o ser humano o ouve ou recebe, por isso a captação de som tridimensional (som 3D) não é uma tecnologia recente. As grandes inovações deste campo aconteceram em meados do século XX e, não só permitiram a melhoria deste tipo de tecnologias, como possibilitaram a sua aplicação em diversas indústrias, como o cinema, os videojogos ou a rádio. A inovação relacionada com o som binaural é utilizada desde então, tanto no campo do entretenimento como na informação/jornalismo (Paiva, 2019, p. 82). O som e os estímulos auditivos fazem parte do quotidiano do ser humano desde sempre. A menos que possua alguma incapacidade auditiva, o ser humano consegue fechar os olhos, mas não os ouvidos e recebe constantemente informações auditivas. Nesse sentido, os sons com que o ser humano é confrontado ao longo da sua vida são fundamentais para o desenvolvimento das diferentes áreas cognitivas, assim como para a sua sobrevivência e convivência em comunidade, pois é essencial ouvir para possuir uma reflexão subjetiva (Paiva & Morais, 2020, p. 10) Vivemos rodeados por estímulos auditivos e o som binaural acompanha-nos no dia a dia e ajuda-nos a ter perceção do mundo, visto que os ouvidos humanos são naturalmente binaurais. Esta capacidade do ser humano de ouvir tridimensionalmente pode transportar-nos enquanto ouvintes. É isso que acontece quando ouvimos músicas, videojogos, filmes/séries ou reportagens construídas a partir de som binaural, somos colocados nos locais onde decorre a ação apenas através do uso de headphones. Deste modo, a experiência do som binaural só é totalmente percetível com a sua utilização, para que não ocorram perdas de informação. A utilização de som binaural cria uma experiência imersiva no ouvinte e é, precisamente, esse o foco do projeto final de mestrado “A Cor dos Sons: Construção de uma Reportagem Radiofónica com Som Imersivo”. Um projeto, criado com base numa metodologia de abordagem qualitativa, que possui dois objetivos principais que passam por compreender se o som é importante na vida de pessoas cegas ou deficientes visuais e porquê, bem como entender de que modo as novas tecnologias imersivas têm impacto no jornalismo radiofónico. Ao longo do projeto foi possível confirmar que sim, o som é fundamental na vida de pessoas cegas ou deficientes visuais, na medida em que atua como fonte primária de informação e é essencial para a compreensão que estas pessoas têm do mundo que as rodeia. Quanto à função das técnicas imersivas no contexto do jornalismo radiofónico foi possível concluir que permitem uma experiência enriquecida e interativa para o público através de uma apresentação mais detalhada e envolvente dos factos. Ao invés de se limitar a relatar os acontecimentos, as narrativas imersivas possibilitam que o público “viva” os acontecimentos, aumentando a sua compreensão.
- Políticas educativas na Guiné-Bissau, acesso à educação e sucesso escolar: estudo de caso no Liceu Padre António Grillo-BambadincaPublication . Mendes, Diogo Francisco; Guerreiro, António Manuel da Conceição; Nunes, Sofia Helena GagoA presente investigação tem por tema as políticas educativas guineenses, especificamente as políticas educativas na Guiné-Bissau, acesso à educação e sucesso escolar, um estudo de caso no liceu Padre António Grillo-Bambadinca, realizado no âmbito de mestrado em Gestão e Administração Escolar da Escola Superior de Educação e Comunicação da Universidade do Algarve. No quadro teórico do estudo realça-se o percurso político da República da Guiné-Bissau, após a proclamação da independência, a base legislativa do sistema educativo guineense, bem como um olhar sobre as questões relacionadas com o acesso e o sucesso escolar no contexto educativo, com enfoque particular na realidade guineense. A investigação tem como objetivo geral conhecer e analisar as políticas educativas na Guiné-Bissau e o seu contributo para o acesso e o sucesso escolar na perspetiva de professores com experiência educativa no liceu em estudo. Procura-se, por meio dos testemunhos dos professores participantes, indagar sobre o tema das políticas educativas e do acesso e sucesso escolar, na realidade guineense, através uma metodologia qualitativa no paradigma interpretativo. Para inquirição dos respondentes recorreu-se a uma entrevista estruturada com questões abertas, respondida por escrito. Após a análise dos dados conclui-se que, devido ao sucessivo incumprimento e adiamento da efetivação das políticas educativas, motivada por constantes crises políticas e institucionais, o acesso à educação não é universal e o sucesso escolar é deficitário, prevalecendo mais o insucesso entre as crianças e jovens guineenses. Os resultados evidenciam também o contributo das organizações internacionais no acesso e na promoção do sucesso escolar.
- Contributos da arte para o desenvolvimento do pensamento crítico e criativo em crianças em idade pré-escolarPublication . Pascoal, Daniela Veiga; Guerreiro, Maria Caeiro Martins; Ludovico, Olga Maria Teixeira AmaralO presente Relatório foi efetuado no âmbito da unidade curricular da Prática de Ensino Supervisionada II (PES II), com o intuito de obter o grau de mestre em Educação Pré-Escolar. O estudo foi concretizado no ano letivo 2023-2024, num jardim de infância de uma instituição privada, na localidade de Faro, o qual contou com uma amostra de 22 crianças, com cinco anos de idade. O objetivo da investigação rondou a perceção dos contributos que a exploração pedagógica de diferentes áreas artísticas pode ter no desenvolvimento do pensamento crítico e criativo, competências estas cada vez mais fundamentais para agir num mundo coberto de incerteza e transformação. O mesmo estudo enquadra-se numa metodologia qualitativa, composta pela recolha de dados a partir de observações participantes e não participantes, notas de campo, registos fotográficos e audiovisuais, produções desenvolvidas pelos participantes, e entrevistas semiestruturadas tanto à educadora cooperante, como ao grupo de crianças. Os procedimentos metodológicos são constituídos por seis situações de aprendizagem, diferidas por áreas artísticas, onde a estimulação da criatividade e imaginação, a sensibilização cultural, a observação e reflexão, a autonomia e iniciativa, a comunicação e o trabalho em equipa, são os pilares a incidir. Dessas intervenções, existe uma fase de diagnóstico e uma avaliação que permitem comparar resultados que, ao longo de todo o estudo, ressaltam um progressivo desenvolvimento do pensamento crítico e criativo das crianças participantes, através de estímulos relacionados com arte, visíveis em comentários espontâneos, sugestões e iniciativas, criações, e em diálogos e observações gradualmente mais cuidados.
- Vamos proteger o cavalo-marinho da Ria Formosa no jardim de infânciaPublication . D’Agrella, Laura Caetano; Rocha, Rute Cristina Correia daO presente relatório de investigação intitulado “Vamos proteger o cavalo-marinho da Ria Formosa no Jardim de Infância”, foi desenvolvido durante o período da Prática de Ensino Supervisionada (PES), no âmbito do Mestrado em Educação Pré-Escolar, na Escola Superior de Educação e Comunicação da Universidade do Algarve, entre setembro de 2023 e julho 2024. Todo o processo investigativo, decorreu numa sala de Jardim de Infância do distrito de Faro e teve como participantes 25 crianças com faixa etária compreendida entre os 3 e os 5 anos de idade. Quanto à metodologia utilizada destaca-se a metodologia de cariz qualitativo. Para a recolha dos dados foram utilizados vários instrumentos tais como: a observação direta e não direta e a entrevista semiestruturada em grupo focal. O estudo divide-se em várias fases: a primeira é a recolha das ideias prévias das crianças, a segunda fase é a intervenção educativa (Peddy Paper, Jogo da glória e o Mural de Aprendizagem). Na terceira fase é realizada a recolha e análise de dados. Desde o início da investigação, através da entrevista semiestruturada inicial tornou-se evidente que o conhecimento das crianças sobre este animal marinho era vago, uma vez que tinham uma perceção superficial e pouco definida acerca destes animais marinhos. A intervenção foi projetada para educar as crianças sobre a importância dos cavalos-marinhos nos ecossistemas marinhos e sensibilizá-las para as práticas de conservação. Através das atividades e da criação de um Mural de Aprendizagem, as crianças adquiriram conhecimentos sobre o cavalo-marinho. Essa perceção foi refletida nas discussões em grupo, nas expressões artísticas e nas atividades realizadas, evidenciando a aquisição dos conceitos e a sensibilização para a preservação da Ria Formosa.
- Comparar as emoções das crianças em atividades realizadas na sala com as emoções em atividades realizadas nos espaços exteriores.Publication . Sampaio, Catarina Caliço; Coelho, Ana Cristina Hurtado MatosO presente relatório de investigação, desenvolvido no âmbito da unidade curricular de Prática de Ensino Supervisionada, realizada no ano letivo de 2023/2024, tem como título “Comparar as emoções das crianças em atividades realizadas na sala com as emoções em atividades realizadas nos espaços exteriores”. A investigação decorreu numa sala de jardim de infância, de uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), na cidade de Tavira, com um grupo de 20 crianças com idades compreendidas entre os 3 e os 5 anos. A educação deve promover sempre o desenvolvimento harmonioso da criança e, por isso, considerei que a valorização das emoções e a realização de atividades no espaço exterior seriam contributos importantes para abordar com as crianças do grupo. Assim, este estudo teve como objetivos avaliar as emoções das crianças nas diferentes atividades, realizando atividades no espaço exterior e dentro da sala de atividades, e perceber se a realização de atividades no espaço exterior altera o comportamento das crianças de forma positiva. Para esta investigação foi utilizada uma metodologia qualitativa, onde fui observadora participante, realizei uma entrevista à educadora do grupo, implementei seis atividades, fiz registos fotográficos e ainda gravações de vídeo. As atividades que implementei permitiram desenvolver competências em vários domínios das Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar (OCEPE) e as crianças representaram as suas emoções através da escolha de monstros com cores com base na história “O monstro das cores” da autora Anna Llenas. Assim, através das seis atividades implementadas com as crianças, consegui concluir que as que foram realizadas no interior da sala de atividades despertaram, em geral, melhores emoções nas crianças do que as que foram realizadas no espaço exterior. Ao analisar as razões pelas quais as crianças escolheram determinada cor para representar as emoções sentidas na realização das atividades, pude inferir que nem sempre era o espaço onde as atividades eram realizadas que influenciava as emoções das crianças, mas sim a compreensão das mesmas, conseguirem ou não realizar a atividade, gostarem ou não da atividade, e se era realizada de forma individual ou em grupo. Posto isto, posso concluir que os padrões observados para as manifestações associadas a emoções, foram: 1. Gostarem ou não gostarem da atividade; 2. Terem dificuldades ou não terem na realização da atividade; 3. Perceberem ou não perceberem os materiais que tinham de utilizar e o que tinham de fazer; 4. Ganharem ou perderem os jogos de equipa; 5. Gostarem ou não da forma como a atividade foi realizada (individualmente ou em grupos). Ao observar o comportamento das crianças a realizarem as atividades nestes dois ambientes pude observar que existem outros aspetos a ter em consideração na avaliação das emoções porque constatei que nas atividades realizadas no espaço exterior as crianças se apresentam mais divertidas, realizavam as atividades de forma mais rápida mostrando-se assim mais autónomos e independentes.
- A História de Portugal como mote para a resolução de problemas na Educação Pré-EscolarPublication . Khan, Núria Sofia Ferreira; Coelho, Ana Cristina Hurtado de MatosA História de Portugal como mote para a resolução de problemas na Educação Pré-Escolar é o título do presente relatório, tendo sido realizado no âmbito da unidade curricular da Prática de Ensino Supervisionada, do Mestrado em Educação Pré-Escolar, da Escola Superior de Educação e Comunicação da Universidade do Algarve, no ano letivo 2023/2024. O estudo decorreu numa instituição de Faro e contou com a participação de um grupo de 19 crianças na faixa etária dos quatro anos. Enquadrando-se na Área do Conhecimento do Mundo das Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, teve como principal objetivo desenvolver atividades que envolvessem a resolução de problemas. As atividades foram enquadradas na História de Portugal através da personagem histórica do rei D. Afonso III. Explorou-se a interdisciplinaridade e contribuiu-se de forma inovadora para a aprendizagem das crianças em ciências e em história. As abordagens pedagógicas desta investigação qualitativa deram-se ao longo de três fases distintas, durante três semanas consecutivas, e foram ligadas por uma história criada pela autora do estudo. A fase 1 traduziu-se pela fase de sensibilização em que se usou como estratégia uma carta imaginária escrita pelo rei D. Afonso III, enviada ao grupo de crianças. Nas fases 2 e 3, realizaram-se 2 atividades em pequeno grupo, num formato de resolução de problemas, familiarizando as crianças para abordagens desta natureza. Na terceira e última fase, implementaram-se atividades que combinavam aspetos culturais e de ciências naturais relativos a duas épocas diferentes. As crianças, perante situações de resolução de problemas em ciências, formulados num enquadramento histórico, demonstraram empatia para com a temática, uma vez que a mesma fazia parte do interesse coletivo do grupo. No decorrer do conjunto de atividades assistiu-se, de forma gradual, à familiarização do grupo de crianças para com a resolução de problemas, o que se traduziu num maior empenho para chegar a soluções. Concluímos que criar situações-problema de cariz interdisciplinar fomenta um desenvolvimento mais abrangente do conhecimento das crianças.
- O aprender a pensar no pré-escolar: uma abordagem em filosofia para criançasPublication . Mestre, Maria Inês Pinheirinho; Orega, Maria Isabel Mendonça; Grande, Patrícia Carla Rodrigues BeiraO estudo que se segue foi realizado no âmbito da unidade curricular de Prática de Ensino Supervisionada, integrada no Mestrado em Educação Pré-Escolar, no ano letivo de 2023/2024, na Universidade do Algarve Esta investigação foi concretizada numa Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), no concelho de Faro, num grupo composto por 25 crianças com idades comprometidas entre os 3 e os 4 anos. Este estudo investiga a resposta filosófica quando expomos as pressuposições do conceito de Comunidade de Investigação Filosófica, concebido por Matthew Lipman e Ann Sharp, a um grupo de participantes que, até ao momento, não tinha tido contacto com a Filosofia para Crianças. A justificação da escolha do tema para este relatório, baseou-se na observação e na avaliação diagnóstica feita ao grupo, sendo que o grupo de participantes quando dialogava tinha dificuldades em aceitar opiniões opostas e focava-se muito no adulto, assim a investigadora considerou que os pressupostos de uma Comunidade de Investigação Filosófica seria uma boa abordagem para colmatar estas dificuldades do grupo. O estudo é de natureza qualitativa, para o seu desenvolvimento recorreu-se a fotografias, vídeos, produções e notas de campo como instrumentos de recolha de dados. Os resultados da análise de dados recolhidos sugerem benefícios das práticas das sessões em comunidade e como podem alterar o seu comportamento social.
- O contributo da lgp na intervenção da aprendizagem da leitura e escrita em crianças com dislexiaPublication . Antunes, Raquel Maria Pinto da Costa Santos; Martins, Maria Helena VenâncioAs crianças, ao entrarem para a escola, têm o desejo de aprender a ler. Geralmente essa aprendizagem acontece naturalmente, sem esforço, trazendo sentimentos de confiança, segurança e alegria. Contudo, para algumas, ler torna-se uma competência extremamente difícil. Neste grupo, encontram-se as crianças com dislexia, que veem as aprendizagens comprometidas, contribuindo para o desinteresse pela aprendizagem e insucesso escolar. A compreensão do que é a dislexia, as etiologias e fatores implicados, permitiu que diversos estudos proponham metodologias e estratégias para facilitar a aprendizagem da leitura, sendo indicados como de maior sucesso os métodos multissensoriais, com a utilização de gestos. De facto, se a utilização do gesto é fator positivo na aprendizagem da leitura e escrita, como sugerem diversos autores, sendo a Língua Gestual Portuguesa (LGP) a Língua das pessoas surdas portuguesas, considerámos que faria sentido utilizar a datilologia como metodologia para facilitar a aprendizagem. Desta motivação surgiu o presente estudo, com o objetivo de analisar os contributos e as implicações da LGP como uma metodologia de trabalho em crianças com dislexia. Para atingir este objetivo foi desenhado um programa de intervenção, aplicado em dois períodos letivos a duas crianças com o diagnóstico de dislexia. A investigação realizou-se num Agrupamento de Escolas de Referência para o Ensino Bilingue, com uma metodologia qualitativa, tipo estudo de caso, sendo o investigador observador participante, elaborando reflexões das atividades desenvolvidas nas sessões de intervenção. A implementação do estudo possibilitou aos alunos intervenientes a sensibilização para a LGP, língua materna das pessoas surdas em Portugal, sendo que os resultados permitem constatar que as crianças, melhoraram as competências na leitura e na escrita e mostraram interesse e motivação em aprender a LGP. Conclui-se que a utilização da datilologia facilitou o conhecimento fonológico e melhorou o desempenho da leitura e escrita nas crianças envolvidas no estudo.
- Promoção da consciência fonológica: desenvolvimento de uma intervenção pedagógica numa turma de 1.º ano do 1.º ciclo do ensino básicoPublication . Caldeira, Ana Rita Rodrigues; Sequeira, Teresa Cosmo Domingos MalóHá mais de trinta anos que a consciência fonológica é apontada como um preditor de sucesso na leitura e escrita. Contudo, nem todos os professores conhecem a importância desta competência. Este estudo pretende mostrar como atividades lúdicas, decorridas na sala de aula, podem desenvolver a consciência fonológica dos alunos. Recorrendo a uma investigação do tipo mista, que combina dados qualitativos e os resultados quantitativos obtidos nas fases de diagnóstico e avaliação, esta investigação teve como objetivo observar a evolução de 23 alunos do 1.º ano do 1.º ciclo do ensino básico: um grupo de 9 rapazes e 14 raparigas, com idades compreendidas entre os 6 e 7 anos. Os instrumentos de recolha de dados foram o diagnóstico e avaliação, a observação participante, as notas de campo, o registo audiovisual e fotográfico e a entrevista. Para além do diagnóstico e avaliação, que decorreram em três sessões, a intervenção pedagógica consistiu na implementação de oito sessões de consciência de palavra, consciência silábica e consciência fonémica. Os resultados confirmam o que é defendido por alguns autores, nomeadamente a facilidade em tarefas com unidades mais concretas, como a sílaba e a palavra, e uma maior dificuldade em tarefas de consciência fonémica. Foi nas tarefas de consciência de palavra que se registou maior evolução no desempenho dos alunos. No que diz respeito à consciência silábica, os resultados foram mais significativos na tarefa de contagem de sílabas de palavras com ditongo. Neste âmbito, verificou-se também progresso nos desempenhos relativos às tarefas de identificação de sílaba inicial. Nas tarefas de consciência fonémica os resultados não foram tão significativos, já que a diferença observada nos desempenhos dos alunos nas duas fases foi residual.
- Fatores e motivos relacionados com o PIEF que previnem o abandono escolarPublication . Santos, Maria João Pacheco Martins; Quintas, HelenaO presente trabalho tem como objetivo o estudo da prevenção do abandono escolar e a compreensão dos fatores e dos motivos que contribuem para este fenómeno. O nosso foco e campo de estudo empírico recaiu no Programa Integrado de Educação e Formação (PIEF), uma resposta do sistema educativo português, criada, especificamente, para prevenir o abandono escolar. A metodologia aplicada foi o estudo de caso, com recurso ao paradigma da investigação qualitativa, e como técnicas e instrumentos de recolha de dados utilizámos entrevistas semiestruturadas. Os protagonistas do estudo foram 10: 4 docentes, responsáveis por lecionar no PIEF; 1Técnico de Intervenção Local (TIL); e 5 alunos que integram uma turma PIEF de um Agrupamento de Escolas de Faro. Os resultados obtidos junto dos professores e do TIL evidenciaram que, apesar de todos os esforços para motivar os alunos, estes demonstram desinteresse e desmotivação. Também é sua opinião que os pais e EE não investem na escolarização e no sucesso académico dos filhos. Paradoxalmente, os alunos referem estar preocupados com as suas aprendizagens, expressam que as aulas são desinteressantes e ineficazes, e não corroboram a opinião da falta de interesse dos progenitores. Perante estes resultados, é lícito concluir que o PIEF não está a cumprir a sua função enquanto resposta que procura prevenir o abandono escolar, e que é urgente rever e alterar aspetos tais como a estrutura curricular, as metodologias de ensino e de aprendizagem, a relação entre os alunos e os professores que frequentam esta resposta educativa, e também a relação entre a Escola e a família destes estudantes.