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- A letra da tabuleta do cronista José SaramagoPublication . Carmo, CarinaDefende Saulo Gomes Thimóteo que a obra cronística de José Saramago, "não deve ser vista como prenúncio do romancista a haver, mas sim como uma espécie de umbra futurorum que reverberaria por toda a produção saramaguiana, uma vez que é o autor empreendendo sua busca questionadora".
- Camões, patrono-emblema de escritores no pós-Abril contra-revolucionárioPublication . Carmo, Carina; Godinho, Paula; Louçã, João CarlosEm 1980, o quarto centenário da morte de Camões dá azo a que se mobilize a figura do escritor-cidadão como porta-voz da comunidade nacional. Três anos antes, voltara a haver comemorações oficiais do 10 de Junho e coube a Jorge de Sena e Vergílio Ferreira tomarem a palavra; em 1980, será a vez de David Mourão-Ferreira e Eduardo Lourenço. Mas nessa data redonda das celebrações, o ícone camoniano, de consabida origem romântica, leva escritores à esquerda a tomarem a dianteira: a fazerem de Camões sua personagem ― caso de José Saramago, em Que Farei com Este Livro? ― ou a promoverem publicações que são muito mais do que um gesto evocativo. É o caso do nº. 6 (Outono de 1980) da revista Loreto 13, da Associação Portuguesa de Escritores (APE), que celebra em conjunto o centenário de Camões e os 80 anos de José Gomes Ferreira. Camões faz-se patrono e emblema de escritores que, por essa via, actuam no sentido de fazer ganhar, no terreno político-cultural, o Portugal democrático conquistado com a Revolução dos Cravos.
- O Lavra de Irene Lisboa, uma sonda modernista do tempo de SalazarPublication . Carmo, CarinaEm “O Lavra”, de Irene Lisboa, o movimento pendular de um ascensor de transporte público, metaforiza o devir colectivo, nos seus ritmos, tensões e bloqueios. Aí a cronista não apenas se pensa no fazer do texto e experimenta uma forma de escrita ajustada ao ponto de mira modernista sobre o espectáculo urbano. Com ela representa a evanescência do movimento humano, no plano inclinado da cidade, mas também o transe histórico, marcado por gritantes assimetrias de classe e género, pela consolidação do fascismo e por sinais da guerra ao longe. Por meio da exemplaridade e do gesto alegórico com que se lêem cenas e figuras, a crónica indaga o significado de estruturas político-ideológicas subjacentes a tipos e classes sociais, na conjuntura de maior força do salazarismo: o limiar dos anos 1940. É essa a pista de leitura que tenciono explorar na referida crónica de Esta cidade! (1942).
- Cerromaior, um romance neo-realista nas mãos da CensuraPublication . Carmo, CarinaA história de Cerromaior, o primeiro e único romance de Manuel da Fonseca que sofreu censura prévia, começa antes da sua publicação, em 1943, pela Editorial Inquérito, com capa de Manuel Ribeiro de Pavia. O jornal O Diabo dera à estampa dois trechos do livro, em 1939 e 1940. Nada a estranhar: era esse um periódico central do movimento neo-realista que se firmara, ao longo da década de 1930, na imprensa cultural juvenil e regional e que, por volta de 1937, congrega intelectuais e artistas à volta do horizonte ideológico e estético-cultural marxista e antifascista.
- A noite inquieta. Ensaios sobre literatura portuguesa, política e memóriaPublication . Carmo, CarinaA Noite Inquieta é a metáfora precisa de um tempo e no presente volume estabelece a ligação entre os domínios da literatura, da política e da memória, congregando três núcleos temáticos que comunicam entre si. Primeiro, a compreensão histórico-literária do neorrealismo, na intersecção de discursos estéticos e políticos, públicos e privados, na leitura do trabalho da escrita e dos diálogos com outros discursos sociais e artísticos. Depois, a memória histórica e literária de José Gomes Ferreira, no xadrez das continuidades, metamorfoses e rupturas do nosso século XX literário. E finalmente, um conjunto disperso de autores e obras que assumiram a invenção verbal e a centralidade política da literatura como forma de resistência, dela deixando registo pessoal para memória futura.
- Da ficção neo-realista à crónica de Irene Lisboa segundo Óscar LopesPublication . Carmo, CarinaEm 1959 Óscar Lopes colocava uma questão desafiadora sobre a ficção portuguesa e, meados do século XX.
- Joaquim Namorado Um canto de livres compromissosPublication . Carmo, CarinaSob uma bandeira. Obra poética de Joaquim Namorado é um acontecimento editorial de relevância, que ainda não mereceu a devida atenção da parte da crítica.
- A humanidade no arame e as crianças segundo Maria Judite de CarvalhoPublication . Carmo, CarinaDeclara Irene Lisboa sobre a forma da crónica e a sua potência única de fixar o flagrante das coisas e pessoas no quotidiano: "O estilo é um arco tenso. Dele parte ou não a ponta aguda, dirigida. Mas há uma mão que o retesa e afina permanentemente, que vigia o espaço."