Repository logo
 
Loading...
Profile Picture

Search Results

Now showing 1 - 10 of 15
  • A letra da tabuleta do cronista José Saramago
    Publication . Carmo, Carina
    Defende Saulo Gomes Thimóteo que a obra cronística de José Saramago, "não deve ser vista como prenúncio do romancista a haver, mas sim como uma espécie de umbra futurorum que reverberaria por toda a produção saramaguiana, uma vez que é o autor empreendendo sua busca questionadora".
  • Diálogo em Setembro e a projecção da figura de escritor em Fernando Namora
    Publication . Carmo, Carina Infante do; Morão, Paula
    Diálogo em Setembro (1966) é uma charneira na obra de Fernando Namora. Não apenas põe em causa a forma romanesca como mescla na prosa narrativa os traços ensaístico, autobiográfico e ficcional.
  • Memorial do Convento e a conquista da notoriedade pelo escritor José Saramago
    Publication . Carmo, Carina Infante do
    Numa resposta dada em entrevista a Carlos Payás, em 2006, José Saramago invoca o impacto que teve na sua trajetória a exoneração do cargo de director- adjunto do Jornal de Notícias, em novembro de 1975, levando-o a um decisivo salto no escuro que foi procurar ser escritor.
  • Camões, patrono-emblema de escritores no pós-Abril contra-revolucionário
    Publication . Carmo, Carina; Godinho, Paula; Louçã, João Carlos
    Em 1980, o quarto centenário da morte de Camões dá azo a que se mobilize a figura do escritor-cidadão como porta-voz da comunidade nacional. Três anos antes, voltara a haver comemorações oficiais do 10 de Junho e coube a Jorge de Sena e Vergílio Ferreira tomarem a palavra; em 1980, será a vez de David Mourão-Ferreira e Eduardo Lourenço. Mas nessa data redonda das celebrações, o ícone camoniano, de consabida origem romântica, leva escritores à esquerda a tomarem a dianteira: a fazerem de Camões sua personagem ― caso de José Saramago, em Que Farei com Este Livro? ― ou a promoverem publicações que são muito mais do que um gesto evocativo. É o caso do nº. 6 (Outono de 1980) da revista Loreto 13, da Associação Portuguesa de Escritores (APE), que celebra em conjunto o centenário de Camões e os 80 anos de José Gomes Ferreira. Camões faz-se patrono e emblema de escritores que, por essa via, actuam no sentido de fazer ganhar, no terreno político-cultural, o Portugal democrático conquistado com a Revolução dos Cravos.
  • Balanços literários 2017 - Ensaio literário
    Publication . Carmo, Carina Infante do; Associação Portuguesa dos Críticos Literários
    Já em 2010 João Barrento augurava um cenário distópico que vem cercando o género ensaio. Nas palavras de O Género Intranquilo. Anatomia do Ensaio e do Fragmento, são duas as fontes de perturbação: de um lado, “a logorreia [da trivialidade] que ameaça sufocar todas as formas de sensibilidade, e a tirania da imagem que atrofia as faculdades do pensar”; do outro, “a iliberalidade da obra erudita que se excede em explicações, não deixando qualquer espaço, depois de ambiciosamente ter dito tudo”. De ambos os lados, impõe-se uma força compressora que ameaça a vibração e a inteligência do ensaio, ele que “nasce no espaço livre dos textos” e vive dacontaminação do ensaísta com o seu objecto de estudo e escrita e do hibridismo genológico.
  • O Lavra de Irene Lisboa, uma sonda modernista do tempo de Salazar
    Publication . Carmo, Carina
    Em “O Lavra”, de Irene Lisboa, o movimento pendular de um ascensor de transporte público, metaforiza o devir colectivo, nos seus ritmos, tensões e bloqueios. Aí a cronista não apenas se pensa no fazer do texto e experimenta uma forma de escrita ajustada ao ponto de mira modernista sobre o espectáculo urbano. Com ela representa a evanescência do movimento humano, no plano inclinado da cidade, mas também o transe histórico, marcado por gritantes assimetrias de classe e género, pela consolidação do fascismo e por sinais da guerra ao longe. Por meio da exemplaridade e do gesto alegórico com que se lêem cenas e figuras, a crónica indaga o significado de estruturas político-ideológicas subjacentes a tipos e classes sociais, na conjuntura de maior força do salazarismo: o limiar dos anos 1940. É essa a pista de leitura que tenciono explorar na referida crónica de Esta cidade! (1942).
  • Cerromaior, um romance neo-realista nas mãos da Censura
    Publication . Carmo, Carina
    A história de Cerromaior, o primeiro e único romance de Manuel da Fonseca que sofreu censura prévia, começa antes da sua publicação, em 1943, pela Editorial Inquérito, com capa de Manuel Ribeiro de Pavia. O jornal O Diabo dera à estampa dois trechos do livro, em 1939 e 1940. Nada a estranhar: era esse um periódico central do movimento neo-realista que se firmara, ao longo da década de 1930, na imprensa cultural juvenil e regional e que, por volta de 1937, congrega intelectuais e artistas à volta do horizonte ideológico e estético-cultural marxista e antifascista.
  • A escrita da crónica e a figuração popular em Nos Mares do Fim do Mundo, de Bernardo Santareno
    Publication . Carmo, Carina Infante do
    O livro de crónicas 'Nos Mares do Fim do Mundo' (1959), de Bernardo Santareno, é um impressionante friso de retratos e histórias de pescadores da frota bacalhoeira que liberta, na letra do texto, uma energia inquieta, desestabilizando estereótipos políticos, religiosos e estético-artísticos das personagens populares e a auto-imagem do cronista.
  • A noite inquieta. Ensaios sobre literatura portuguesa, política e memória
    Publication . Carmo, Carina
    A Noite Inquieta é a metáfora precisa de um tempo e no presente volume estabelece a ligação entre os domínios da literatura, da política e da memória, congregando três núcleos temáticos que comunicam entre si. Primeiro, a compreensão histórico-literária do neorrealismo, na intersecção de discursos estéticos e políticos, públicos e privados, na leitura do trabalho da escrita e dos diálogos com outros discursos sociais e artísticos. Depois, a memória histórica e literária de José Gomes Ferreira, no xadrez das continuidades, metamorfoses e rupturas do nosso século XX literário. E finalmente, um conjunto disperso de autores e obras que assumiram a invenção verbal e a centralidade política da literatura como forma de resistência, dela deixando registo pessoal para memória futura.