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- Le travail de l’ironie dans les chroniques de Maria Judite de Carvalho et de José Gomes FerreiraPublication . Carmo, Carina Infante doA leitura paralela de Maria Judite de Carvalho e José Gomes Ferreira permite-nos pensar a crónica como forma privilegiada de dizer a cidade contemporânea mediante uma lucidez irónica e uma aguda consciência histórica. José Gomes Ferreira nunca esconde o grotesco e a desolação do mundo dos outros mas dá a ver o que existe de irreal, de sonho no quotidiano e ironiza a sua posição (melancólica) de poeta militante. Maria Judite de Carvalho, por seu turno, vive uma dolorosa contiguidade com as ruas e rostos que se entregam à indiferença, ao consumo e à alienação. E, no entanto, esta verdade como um punho revela-se através de uma ironia fina e ácida que denuncia as injustiças e os lugares comuns dos discursos e dos gestos. Em ambos os casos, de modos diversos, a crónica trabalha as nuances próprias da ironia, contra a evidência do banal, do esquecimento e da morte.
- O Algarve em Os Pescadores de Raul BrandãoPublication . Carmo, Carina Infante doO Algarve ocupa os capítulos finais do livro Os Pescadores (1923) de Raul Brandão, rematando um itinerário atlântico que começara no lugar saudoso da sua infância perdida, a Foz do Douro. A exuberância das gentes e lugares algarvios estimulam-lhe o cromatismo plástico e sinestésico, transfigurando a paisagem contemplada num quadro interior, habitado de lembranças e sensações pessoais. Entre a luz e o mar, a brancura das açoteias de Olhão enquadra a agitação da vida, das dores e da labuta dos pescadores e suas mulheres. Seguem-se o copejo ensanguentado do atum, em Tavira e no arraial da Ponta da Baleeira, e o caminho para Barlavento, rumo ao mágico promontório de S. Vicente.
- A cidade irreal de José Gomes FerreiraPublication . Carmo, Carina Infante doAinda entre os primeiros contos-crónica de O Irreal Quotidiano (1971), sobressaem dois textos interligados e deles resulta uma verdadeira poética do olhar sobre a cidade em José Gomes Ferreira.
- Notas nas margens de uma crónica de José SaramagoPublication . Carmo, Carina Infante doAnálise da crónica de José Saramago "Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio" in Deste Mundo e do Outro (1971).
- ‘Que sei eu do povo?’, uma entre outras interrogações incómodas de José Gomes FerreiraPublication . Carmo, Carina Infante do"Que sei eu do povo?" é a interrogação escolhida por José Gomes Ferreira para abrir uma das crónicas de O Irreal Quotidiano (1971)
- A escrita da crónica e a figuração popular em Nos Mares do Fim do Mundo, de Bernardo SantarenoPublication . Carmo, Carina Infante doO livro de crónicas 'Nos Mares do Fim do Mundo' (1959), de Bernardo Santareno, é um impressionante friso de retratos e histórias de pescadores da frota bacalhoeira que liberta, na letra do texto, uma energia inquieta, desestabilizando estereótipos políticos, religiosos e estético-artísticos das personagens populares e a auto-imagem do cronista.