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  • Algumas razões por que não se pode deixar de ler os neo-realistas
    Publication . Carmo, Carina Infante do
    Ao olhar em prespectiva a nossa contemporaneidade literária, está lá a marca indelétavel dos autores neo-realistas.
  • Senhor da Serra, ano 1945
    Publication . Carmo, Carina Infante do
    Em Setembro de 1945, a casa de João José Cochofel no Senhor da Serra (Semide) juntou Fernando Lopes-Graça a três poetas seus amigos: Carlos de Oliveira, José Gomes Ferreira e o próprio Cochofel. Nessa colónia veraneante, ganhou corpo o projecto musical Marchas, danças e canções (1946) a que estes poetas foram os primeiros a emprestar os versos. Consolidava-se, então, ainda mais um círculo de cumplicidades e de colaborações, iniciado nos anos 30 e cujo eco perdurou em cartas da altura, trocadas entre os quatro, e noutros testemunhos mais recentes de Lopes-Graça e Gomes Ferreira. Com a leitura cruzada desse material epistolar, escrito entre 1945 e 1948, pretende analisar-se a percepção, na primeira pessoa, do isolamento social do artista e de um forte sentido de grupo e de intervenção: nesses três anos, cada um a seu jeito vive intensamente e em diálogo o arco de tempo que vai das esperanças do pós-Guerra ao limiar crítico do debate interno do neo-realismo. Pelo registo autobiográfico de Lopes-Graça e dos seus companheiros configuram-se, então, breves (auto-)retratos que dão rosto singular à ideia do artista como intelectual e a várias iniciativas de frentismo político-cultural, concretizadas ou simplesmente idealizadas por eles, naquele contexto histórico.
  • ‘Que sei eu do povo?’, uma entre outras interrogações incómodas de José Gomes Ferreira
    Publication . Carmo, Carina Infante do
    "Que sei eu do povo?" é a interrogação escolhida por José Gomes Ferreira para abrir uma das crónicas de O Irreal Quotidiano (1971)
  • A francofilia neo-realista da Vértice no Pós-Guerra
    Publication . Carmo, Carina Infante do
    Em tempos de Pós-Guerra e de crise do salazarismo, um número especial da revista Vértice dedicada à França, em Dezembro de 1946, dá-nos sinal do poder interventivo da frente cultural neo-realista, marcada pela adesão ao antifascismo e ao marxismo. Se a França é tomada como modelo pelo seu legado racionalista, revolucionário e de resistência ao nazismo, este número significa bem mais do que um gesto de francofilia: é uma afirmação no campo cultural (e, concomitantemente, no campo político) português e também uma demonstração do conflito ideológico que o neo-realismo sempre abrigou, desde os finais dos anos 30, sobre a criação artística e o papel do artista e do intelectual na sociedade.
  • Narrativa e poesia neo-realista sobre e para a infância
    Publication . Carmo, Carina Infante do; Magalhães, Violante F.; Carmo, Carina Infante do; Magalhães, Violante F.; Pires, Fátima
    Desde inícios do século XX, o fomento da escolarização, a valorização de espaços e de uma cultura material para a infância ou o crescimento da indústria e de um mercado específicos são indicadores do reconhecimento consolidado da criança enquanto sujeito social.
  • O rural e o urbano em José Gomes Ferreira
    Publication . Carmo, Carina Infante do
    Representação da cidade e do campo em José Gomes Ferreira, em diálogo com o neo-realismo.