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- A produção oleira romana no AlgarvePublication . Bernardes, João Pedro; Viegas, CatarinaA produção oleira romana no Algarve encontra-se repartida por toda a região, ainda que se fixe no litoral e, na maior parte dos casos, em relação directa com os centros produtores de preparados piscícolas. Conhece-se cerca de uma dúzia de centros oleiros que produziram ânforas, cerâmica doméstica e de construção. A maior parte destes centros oleiros surgem a partir do século III, dedicando-se principalmente à produção de contentores para transporte de preparados de peixe, ainda que, nas olarias do Algarve oriental de S. Bartolomeu de Castro Marim e da Manta Rota, tenha ocorrido ainda no Alto Império. A produção tardia local deste tipo de recipientes tem sido relacionada com diversos factores, sendo sugerido que a região recorreu durante os primeiros séculos da nossa Era a ânforas oriundas da vizinha Bética para envasar os seus produtos piscícolas. Só a partir de então, como reacção ao incremento da exploração local dos recursos marinhos e ao declínio das olarias da Bética, é que os centros oleiros algarvios se afirmarão.Depois de se abordarem os tipos anfóricos produzidos na região bem como a distribuição dos respectivos centros oleiros, focam-se as estruturas de produção, nomeadamente a organização da olaria do Martinhal, a maior do Algarve,que produziu ânforas, cerâmica comum e cerâmica de construção até época tardia.
- Sal e pesca no Algarve romanoPublication . Bernardes, João Pedro; Cassandra, GonçalvesOs achados arqueológicos de um número alargado de tanques para salga de peixe (cetárias) nos sítios romanos do Sudoeste Peninsular Ibérico demonstram uma forte ligação das populações costeiras ao mar. Esse vínculo encontra-se atestado pela frequência de motivos marinhos e atividades piscatórias na iconografia dos mosaicos e moedas das zonas litorais hispânicas cujos recursos foram intensamente explorados e possibilitaram a rentabilidade e o desenvolvimento económico dessas regiões. Na Lusitania romana as principais zonas de concentração de fábricas de processamento de peixe foram o Algarve e os estuários do Tejo e do Sado. Os dados disponíveis evidenciam a existência de um aproveitamento das matérias-primas diretamente relacionadas com a localização das fábricas conserveiras, que necessitariam de grandes quantidades de sal e peixe para as salgas e produção de molhos. É, pois, sobre a obtenção das matérias primas marinhas no Algarve romano, bem como os produtos com elas fabricados, que trata o presente texto.
- Citrus as a component of the Mediterranean DietPublication . Duarte, Amílcar; Fernandes, Maria Jacinta; Bernardes, João Pedro; Miguel, Maria GraçaCitrus are native to southeastern Asia, but are present in the Mediterranean basin for centuries. This group of species has reached great importance in some of the Mediterranean countries and, in the case of orange, mandarin and lemon trees, they found here soil and climatic conditions which allows them to achieve a high level of fruit quality, even better than in the regions where they came from. Citrus fruits are present in the diet of the peoples living on the Mediterranean basin, at least since the time of the Roman Empire. In the 20th century they became the main crop in various agricultural areas of the Mediterranean, playing an important role in the landscape, in the diet of the overall population, and also in international trade. They are present in the gardens of palaces and monasteries, but also in the courtyards and orchards of the poorest families. Their fruits are not only a refreshing dessert, but also a condiment, or even a major component of many dishes. Citrus fruits have well-documented nutritional and health benefits. They can actually help prevent and cure some diseases and, above all, they are essential in a balanced and tasty diet.
- Boca do Rio (Budens, Vila do Bispo): novos dados de uma villa piscícola romanaPublication . Bernardes, João Pedro; Medeiros, IsmaelO sítio da Boca do Rio é bem conhecido desde que o tsunami de 1755 colocou à vista, até hoje, as suas ruínas romanas. Cento e vinte anos depois iniciam-se um conjunto de campanhas arqueológicas, suscitadas, em grande parte, pela tentativa de resgatar da destruição pela ação marítima os bem conservados testemunhos da presença romana. Este artigo, apresentado nos Encontros de Arqueologia do Algarve de 2011, do qual nunca saíram atas, dá sobretudo conta de mais uma dessas campanhas com vista a salvar um mosaico do sítio, permitindo esta intervenção conhecer um pouco mais desta notável estação arqueológica e de propor uma interpretação do sítio no que concerne à sua organização funcional e à sua classificação como villa marítima de vocação produtiva, cujo “fundus” era o mar e a pars frumentaria as officinae salsamentariae.
- Consumo e transformação de peixe entre o mundo romano e o mundo islâmicoPublication . Bernardes, João PedroÉ conhecido na Antiguidade o gosto por um conjunto de produtos à base de peixe, onde se destaca o famoso garum. Esta palavra, de origem grega (Plínio, N.H. XXXI, 93; Isidoro, Etym. XX, 3, 19)1, é a que melhor retrata o gosto de Gregos e Romanos pelos preparados de peixe, uma vez que constituiu o produto mais refinado e luxuoso dentro de uma vasta gama de derivados piscícolas e que, por isso mesmo, foi o mais aludido na literatura greco-latina que se refere aos produtos alimentícios oriundos do mar. É um étimo que tende a perpetuar-se no tempo, acabando por servir para designar, já em plena Idade Média, qualquer preparado de peixe, mesmo que nada tenha a ver com as características específicas e genuínas do produto original referido por autores gregos e romanos que, amiúde, elogiaram a superior qualidade do que era produzido no Sudoeste Peninsular. Com efeito, uma das regiões do Império mais activas na captura e transformação do pescado foi o extremo ocidente do Mediterrâneo, com centro em Cádis, de que a literatura clássica faz eco e os vestígios arqueológicos testemunham. A costa andaluza, o norte de Marrocos e o sul de Portugal (o golfo luso-hispano- marroquino ou o pré-mediterrâneo de que fala Orlando Ribeiro, 1961: 83) concentram os mais abundantes vestígios de fábricas de peixe do mundo romano, onde se destaca Tróia como maior complexo piscícola conhecido com mais de uma vintena de fábricas instaladas (Étienne et al., 1994). Ainda em Portugal, é no Algarve que arqueologicamente a actividade está melhor atestada, conhe- cendo-se mais de uma trintena de fábricas com uma capacidade instalada que permitiria a produção de vários milhares de metros cúbicos de preparados de peixe, entre molhos, pastas e salgas sólidas (Fabião, 2006). As fontes literárias e a Arqueologia testemunham o atum, a sardinha e a cavala como os peixes capturados mais comuns nesta área do mundo romano.
- A transformação do espaço funerário no ocidente entre os séculos IV e VI. Ambiguidades e loci sepulturae em espaços rurais do sul da Lusitânia: o caso dos templosPublication . Bernardes, João PedroApós os cuidados tidos com os locus sepulturae, comprovados por dados epigráficos e pela literatura clássica de época imperial, uma profunda alteração na organização de muitas necrópoles e espaços de enterramento surge a partir do século quarto. Esta mudança resulta da gradual decadência dos modelos de gestão imperiais, mas também da afirmação de uma nova perspetiva de entendimento do universo mental e religioso. Do ponto de vista arqueológico, agora existem novas realidades na deposição sepulcral e na topografia funerária, quer em áreas urbanas, quer rurais, que são sintomas de novas conceções religiosas no mundo como a vida além‑túmulo é concebida. Contudo, também evidenciam mudanças nos poderes e formas de gestão social, e mesmo na desregulação da ars moriendi, típica de um momento de grandes conflitos religiosos e mentais. A transição observada em certos espaços sepulcrais na Hispania, o comportamento de práticas funerárias pagãs na sua relação com os loci sepulturae cristãos ou a discussão sobre os seus conteúdos e significados em época de grandes ambiguidades e temores, são os principais temas tratados no presente estudo. Argumenta‑se que, ao invés de uma cristianização de templos rurais no século v ou vi e sua conversão para igrejas cristãs, o que ocorre é a apropriação destes loci sacer para a deposição funerária cristã, num tempo em que os teólogos e a hierarquia da Igreja desvalorizavam e não punham constrangimentos aos rituais de deposição funerária dos seguidores de Cristo.
- Roman amphora production in the Algarve (Southern Portugal)Publication . Bernardes, João Pedro; Viegas, CatarinaDuring the Roman period, pottery production was disseminated across the Algarve region, mainly on the coast, and in most cases it has a direct connection with fish-salting units. Somewhat fewer than ten production sites are known to have manufactured amphorae and complementarily domestic pottery and building ceramics, although on only five of them have the fabrics been studied and published. The site at Martinhal on the westernmost part of the coast deserves to be specially highlighted, since it is the only one where the dimensions of the production area are better known, and there are features that allow the evaluation of the structures that supported the production. Most of these production centres began in the 3rd century AD and were dedicated mostly to the manufacture of amphorae to contain and transport fish products, such as types Almagro 50, Almagro 51c and Almagro 51a-b/Algarve 1. Local production prior to the 3rd century was rare, and the only workshops known were located in the eastern Algarve, in S. Bartolomeu de Castro Marim and in Manta Rota, where a late variant of type Dressel 14 was produced. The increase in fish salting from the 3rd century onward certainly contributed to the affirmation of the pottery production units in the region.
- Placa Funerária de Alfivs Maxvmvs (Rio de Moinhos, Borba)Publication . Bernardes, João Pedro
- Figurative elements in mosaics and roman painting at Algarve (Portugal)Publication . Bernardes, João PedroThe figurative mosaics with marine fauna at Algarve region, in the south of Portugal, are various and well known, particularly from Roman villa of Milreu. But connected to the sea there are also human representations in the mosaics of the region which, such as the marine themes, are characterized by a strong stylistic link to the Roman art of the North Africa. Recently both figurative themes, animal or human, also arise in parietal painting of the Algarve, specifically in a maritime villa specialized in fish-salting with strong North African links well attested by pottery import profile. This paper aims to explore affinities with both types of artistic representations in the region south of the former province of Lusitania, as well as to see North African links.
- 3D Modeling of the Milreu Roman Heritage with UAVsPublication . Rodrigues, José Inácio; Figueiredo, Mauro; Bernardes, João Pedro; Gonçalves, CésarIn this paper we present a methodology to build a 3D model of a roman heritage site in the South of Portugal, known as Milreu, covering a region of about one hectare. Today's Milreu ruins, a national heritage site, were once part of a 4rd century, luxurious villa-style manor house, which was subsequently converted into a thriving farm. Due to its relevance, it is important to make the 3D model of the Milreu ruins, to be available for the exploration in the Web and for virtual and augmented reality applications for mobile devices. This paper demonstrates the use of UAVs for the reconstruction of the 3D models of the ruins from vertical and oblique aerial photographs. To enhance the model quality and precision, terrestrial photographs were also incorporated in the workflow. This model is georeferenced, which give us the possibility to automatically determine accurate measurements of the Roman structures.