Rev Paul Pediatr. 2016;34(2):210--215 REVISTA PAULISTA DE PEDIATRIA www.rpped.com.br ARTIGO ORIGINAL Prátic ral óssea em ad Igor Hid Paulo Co Luis Ped a Instituto d b Universida c Universida Recebido em Disponível n PALAVR Artes ma Densidad óssea; Adolesce DOI se re ∗ Autor pa E-mail: i 0103-0582/© BY (https://olescentes de ambos os sexos eki Itoa,∗, Alessandra Madia Mantovania, Ricardo Ribeiro Agostineteb, sta Juniorb, Edner Fernando Zanutob, Diego Giulliano Destro Christofarob, ro Ribeiroc e Rômulo Araújo Fernandesb e Biociências, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), Rio Claro, SP, Brasil de Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), Presidente Prudente, SP, Brasil de do Algarve, Faro, Portugal 29 de abril de 2015; aceito em 13 de setembro de 2015 a Internet em 8 de março de 2016 AS-CHAVE rciais; e mineral ntes Resumo Objetivo: Analisar a relac¸ão entre a prática de artes marciais (judô, karatê e kung-fu) e a densidade mineral óssea em adolescentes. Métodos: O estudo foi composto por 138 adolescentes (48 praticantes de artes marciais e 90 não praticantes) de ambos os sexos, com média de 12,6 anos. A densidade mineral óssea foi medida com absortometria radiológica de dupla energia em brac¸os, pernas, coluna, tronco, pelve e total. A carga de treinamento semanal e o tempo anterior de envolvimento na modalidade esportiva foram relatados pelo treinador. A correlac¸ão parcial testou a associac¸ão entre a carga semanal de treinamento e a densidade mineral óssea, controlada para sexo, idade cronológica, prática anterior e maturac¸ão somática. A análise de covariância foi usada para comparar os valores de densidade mineral óssea de acordo com os grupos controle e de artes marciais, controlados para sexo, idade cronológica, prática anterior e maturac¸ão somática. Associac¸ões significativas entre a densidade mineral óssea e a massa muscular foram inseridas em um modelo multivariado e as inclinac¸ões dos modelos foram comparadas com o teste t de Student (controle versus arte marcial). Resultados: Os adolescentes envolvidos na prática de judô apresentaram valores maiores de densidade mineral óssea do que os do grupo controle (p=0,042; tamanho de efeito médio [eta- -quadrado=0,063]), enquanto a relac¸ão entre a quantidade de treinos semanais e a densidade mineral óssea foi significativa entre os adolescentes praticantes de judô (brac¸os [r=0,308] e pernas [r=0,223]) e kung-fu (brac¸os [r=0,248] e coluna [r=0,228]). Conclusões: Diferentes modalidades de artes marciais estão relacionadas com maior densidade mineral óssea em diferentes regiões do corpo em adolescentes. © 2015 Sociedade de Pediatria de São Paulo. Publicado por Elsevier Editora Ltda. Este é um artigo Open Access sob a licença CC BY (https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt). fere ao artigo: http://dx.doi.org/10.1016/j.rppede.2015.09.003 ra correspondência. gorhidekiito44@gmail.com (I.H. Ito). 2015 Sociedade de Pediatria de São Paulo. Publicado por Elsevier Editora Ltda. Este é um artigo Open Access sob a licença CC creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt).a de artes marciais e densidade mine Prática de artes marciais e densidade mineral óssea em adolescentes de ambos os sexos 211 KEYWORDS Martial arts; Bone mineral density; Adolesce Practice of martial arts and bone mineral density in adolescents of both sexes Abstract Objective: The purpose of this study was to analyze the relationship between martial arts d bo of xes, gy X- prev ion t y se use troll nshi l an art). ract 0.04 wee do (a artia nts. aulo (htt Introduc¸ Na idade ad física e pel estrutura ó Portanto, para a pre aumento d perda ósse físico prod forma, a in mais signifi temente, e adulta. Durante cresciment a concentr com exerc dos ossos s musculares esportivas. mendada e em diversa badminton marciais.12 As artes meio da tra do solo int nuar os ch esqueleto College of esp o hu a as a ho d etasnts practice (judo, karate and kung-fu) an Methods: The study was composed -practitioners) adolescents of both se density was measured using Dual-Ener vis and total. Weekly training load and reported by the coach. Partial correlat and bone mineral density, controlled b maturation. Analysis of covariance was to control and martial arts groups, con somatic maturation. Significant relatio were inserted into a multivariate mode Student t test (control versus martial Results: Adolescents engaged in judo p than the control individuals (p-value= the relationship between quantity of cant among adolescents engaged in ju [r=0.248] and spine [r=0.228]). Conclusions: Different modalities of m different body regions among adolesce © 2015 Sociedade de Pediatria de São P access article under the CC BY license ão ulta, a saúde dos ossos é afetada pela inatividade o envelhecimento, uma vez que ambos afetam a ssea e podem ocasionar osteoporose e fraturas.1 prática ciment embor ao gan em atlo exercício físico é amplamente recomendado venc¸ão de osteoporose e fraturas por meio do a densidade mineral óssea (DMO) e da reduc¸ão da a associada à idade.2 Na idade adulta, o exercício uz incrementos baixos em massa óssea2 e, dessa fância e a adolescência parecem ser os períodos cativos para a melhoria da DMO2,3 e, consequen- vitar desfechos tais como a osteoporose na idade a infância e a adolescência o hormônio do o contribui para o ganho de massa óssea e ac¸ão desse hormônio no sangue é aumentada ícios físicos.4 Além disso, a forc¸a e a geometria ão substancialmente afetadas pelas contrac¸ões contínuas maiores observadas nas atividades 5 Portanto, a prática de atividade física é reco- alguns estudos têm relatado melhoria na DMO s modalidades,6--8 tais como futebol,9 vôlei 10 e ,11 mas esse evento é menos relatado nas artes marciais incluem forc¸as de alta magnitude por c¸ão do músculo sobre o osso, das forc¸as de reac¸ão ensificadas pela ausência de calc¸ado para ate- oques de impacto e da carga de alto impacto do devido a repetidas quedas no chão.13 O American Sports Medicine14 reconhece o efeito benéfico da em crianc¸a controle po ganho de m (massa livr titui uma li a prática d Portanto relac¸ão ent e kung-fu) car se essa e da MLG. estaria rela em adolesc Método Estudo tran os sexos ( de Investig Educac¸ão F Mesquita F sil. O estud esportivas de nove me sentados fane mineral density in adolescents. 138 (48 martial arts practitioners and 90 non- with an average age of 12.6 years. Bone mineral ray Absorptiometry in arms, legs, spine, trunk, pel- ious time of engagement in the sport modality were ested the association between weekly training load x, chronological age, previous practice and somatic d to compare bone mineral density values according ed by sex, chronological age, previous practice and ps between bone mineral density and muscle mass d the slopes of the models were compared using the ice presented higher values of bone mineral density 2; Medium Effect size [Eta-squared=0.063]), while kly training and bone mineral density was signifi- rms [r=0.308] and legs [r=0.223]) and kung-fu (arms l arts are related to higher bone mineral density in . Published by Elsevier Editora Ltda. This is an open ps://creativecommons.org/licenses/by/4.0/). ortiva no ganho de massa óssea durante o cres- mano, mas essa mesma organizac¸ão observa que rtes marciais demonstrem aspectos relacionados e DMO, os achados são baseados principalmente de elite6 e não está claro se essa relac¸ão ocorre s e adolescentes.15 Além disso, a ausência de r meio de variáveis importantes relacionadas ao assa óssea durante a infância e adolescência e de gordura [MLG] e maturac¸ão biológica) cons- mitac¸ão nos estudos que analisam a relac¸ão entre e esportes e a DMO em populac¸ões pediátricas.16 , os objetivos deste estudo foram: (i) verificar a re as artes marciais mais praticadas (judô, karatê e a DMO em adolescentes, bem como (ii) identifi- relac¸ão é independente da maturac¸ão biológica Nossa hipótese é que a prática de artes marciais cionada a uma maior densidade mineral óssea entes de ambos os sexos. sversal composto por 138 adolescentes de ambos de 11 a 14 anos) e foi feito no Laboratório ac¸ão em Exercício (Live) do Departamento de ísica da Universidade Estadual Paulista Júlio de ilho (Unesp), em Presidente Prudente (SP), Bra- o de coorte ‘‘Prática de diferentes modalidades e ganho de massa óssea em adolescentes: coorte ses’’ foi feito em 2013 e 2014 e os dados apre- zem parte das medidas basais. 212 Ito IH et al. A estimativa do tamanho da amostra foi feita por meio de uma equac¸ão com base na análise de variância (Anova), a qual levou em conta uma diferenc¸a mínima de DMO de 0,255 (g/cm2)13 entre os grupos controle e de artes marciais, um desvio padrão de 0,180g/cm2, quatro grupos independen- tes (contro alfa de 5% um mínimo menos 48 a centes env seguintes c de três me atual e (iii ambos os s nal), foram regiões da karatê (no judô (oito 15 menino por adolesc cidade. Ne anos foram que preenc e 17 anos e fora da esc nas e 54 m Os pais mento por Conselho d Campus de O peso (Filizzola, a altura co mais próxi tímetros. T acordo com comprimen avaliados c das para c tempo (em mento (PVC é um indica e reflete a adolescênc A carga de um qu foram feita o número número de namento s dias×horas de envolvi relatado pe quer suple muscular). A densi regiões do membros [iv] DMO d e [vi] DMO tria radioló foi o model radiac¸ão que cada participante recebeu foi inferior a 0,05 mrem, em outras palavras, o equivalente a 50 vezes menos do que um exame de raios X convencional.19 Todos os par- ticipantes usavam roupas leves e estavam descalc¸os (sem pertences de metal no corpo). Foram colocados no equipa- na exa fora ido p orpo forn de c trat e, ariad da p liac¸ã orm mog ntou rma valo u a r ontro terio VA) s gr exo, ac¸ão ário) r me es si um dade odelo ole v s for to M r) fo ltad stra tes is). pos p 26) tes p ade una v NCO prát ac¸os ho d mat mo ouve po c ), no rupo ) (tale, karatê, kung-fu e judô), um poder de 80% e . O tamanho final da amostra foi estimado em de 12 adolescentes por grupo e, portanto, pelo dolescentes foram necessários. Para os adoles- olvidos em artes marciais, foram incluídos os ritérios: (i) ter entre 11 e 17; (ii) um mínimo ses de envolvimento anterior com a arte marcial ) ter a permissão do treinador. Adolescentes de exos, envolvidos em artes marciais (nível regio- recrutados de clubes esportivos em diferentes cidade, de acordo com os seguintes critérios: ve meninas e cinco meninos [estilo Shotokan]), meninas e 10 meninos) e kung-fu (uma menina e s [estilo sanda]). O grupo controle foi composto entes de cinco escolas em diferentes regiões da ssas cinco escolas, todos os alunos entre 11 e 17 convidados a participar e após a confirmac¸ão de hiam os critérios de inclusão ([i] idade entre 11 [ii] não praticar atividade física regular/esporte ola), o grupo controle foi composto por 36 meni- eninos. ou responsáveis assinaram um termo de consenti- escrito e o estudo foi previamente aprovado pelo e Ética da Universidade Estadual de São Paulo, Presidente Prudente, Brasil. corporal foi medido com uma balanc¸a digital São Paulo, Brasil, até o 0,1 kg mais próximo) e m um estadiômetro de parede (até o 0,1 cm mo) com um comprimento máximo de 200 cen- odas as medidas antropométricas foram feitas de métodos padrões publicados previamente.17 O to das pernas e a estatura sentada também foram om técnicas-padrão.17 Essas medidas foram usa- alcular o início da maturidade, que denota o anos) do/para o pico de velocidade de cresci- ),18 um importante evento de maturac¸ão. O PVC dor de maturac¸ão somática (crescimento linear) idade da taxa de crescimento máxima durante a ia. de treinamento semanal foi medida por meio estionário preenchido pelo treinador, no qual s as seguintes perguntas sobre cada atleta: (i) de dias de treinamento por semana e (ii) o horas por dia em treinamento. A carga de trei- emanal foi calculada com a equac¸ão número de por dia (expresso em minutos/semana). O tempo mento anterior com a arte marcial também foi lo técnico (em meses), bem como o uso de qual- mentac¸ão (perda de peso ou ganho de massa dade mineral óssea (em g/cm2) em diferentes corpo ([i] DMO de corpo inteiro, [ii] DMO dos inferiores, [iii] DMO dos membros superiores, a região da coluna vertebral, [v] DMO da pelve do tronco) foi analisada por meio de absortome- gica de dupla energia (Dexa). O aparelho usado o Lunar DPX-NT (General Electric [GE]). A dose de mento todo o tados fornec dura c foram Ida foram estudo multiv estima de ava A n de Kol aprese transfo tiu em analiso DMO c tica an (ANCO vos ao para s matur necess das po relac¸õ das em para i dos m (contr tístico [Institu (p-valo Resu A amo lescen marcia os gru (p=0,0 lescen densid na col A A dos na nos br taman MLG e Mes são, h no gru inteiro e no g inteiroposic¸ão supina, permaneceram imóveis durante me, de aproximadamente 15 minutos. Os resul- m calculados por meio de software específico elo fabricante. Além disso, as medidas de gor- ral (em percentagem) e MLG (em kg) também ecidas pelo software DXA. ronológica, sexo, MLG e maturac¸ão somática ados como possíveis fatores de confusão neste assim, foram usados para ajustar os modelos os. A idade cronológica (em escala decimal) foi ela diferenc¸a entre a data de nascimento e a data o. alidade dos dados foi analisada com do teste orov-Smirnov (a carga de treinamento semanal distribuic¸ão não paramétrica e, assim, sofreu c¸ão logarítmica). A estatística descritiva consis- res médios e desvios-padrão. A correlac¸ão parcial elac¸ão entre a carga de treinamento semanal e a lada para sexo, idade cronológica, tempo de prá- r e maturac¸ão somática. A análise de covariância foi usada para comparar valores de DMO relati- upos controle e de artes marciais, controlados idade cronológica, tempo de prática anterior e somática (o teste de Bonferroni foi usado quando . Medidas de tamanho de efeito foram forneci- io de valores de Eta ao quadrado. Finalmente, gnificativas entre a DMO e MLG foram inseri- modelo multivariado (ajustado simultaneamente , sexo e maturac¸ão somática) e as inclinac¸ões s foram comparadas com o teste t de Student ersus arte marcial). Todos os procedimentos esta- am feitos com o software BioEstat (versão 5.0 amirauá, Tefé - Brasil]) e o nível de significância i estabelecido em p<0,05. os do presente estudo foi composta de 137 ado- (47 praticantes e 90 não praticantes de artes Foram observadas diferenc¸as significativas entre ara as variáveis idade (p=0,020), peso corporal e maturac¸ão somática (p-valor=0,012). Os ado- raticantes de artes marciais apresentaram maior mineral óssea nos brac¸os, nas pernas, no tronco, ertebral e na DMO total (tabela 1). VA identificou que apenas adolescentes envolvi- ica de judô apresentaram valores maiores de DMO do que o grupo controle (Eta-quadrado=0,063; e efeito médio) após o controle para sexo, idade, urac¸ão somática (tabela 2). após o controle para possíveis fatores de confu- associac¸ões significativas entre a MLG e a DMO ontrole (brac¸os, pernas, tronco, coluna e corpo grupo judô (tronco, pelve e coluna vertebral) karatê (pernas, tronco, pelve, coluna e corpo bela 3). Houve uma associac¸ão mais forte entre Prática de artes marciais e densidade mineral óssea em adolescentes de ambos os sexos 213 Tabela 1 Características gerais dos adolescentes estratificados pela prática de artes marciais (n = 137) Variáveis Grupo controle (n=90) Grupo artes marciais (n=47) p-valor Média (DP) Média (DP) Idade (anos) 11,93 (0,90) 12,36 (1,01) 0,020 Peso (kg) 49,50 (11,36) 54,78 (15,52) 0,026 Altura (cm) 155,67 (7,73) 158,43 (11,31) 0,165 % Gordura corporal 27,62 (12,43) 27,59 (12,56) 0,808 Massa livre de gordura (kg) 32,43 (5,47) 35,35 (9,70) 0,065 Início da maturidadea −2,67 (0,72) −2,26 (0,94) 0,012 Densidade mineral óssea g/cm2 Brac¸os 0,68 (0,06) 0,76 (0,19) 0,007 Pernas 1,08 (0,10) 1,18 (0,23) 0,015 Tronco 0,83 (0,07) 0,88 (0,09) 0,002 Pelve 1,11 (0,97) 1,07 (0,13) 0,790 Coluna 0,89 (0,11) 0,95 (0,12) 0,002 Corpo inteiro 1,01 (0,07) 1,04 (0,09) 0,010 DP, Desvio padrão. Teste exato de Fisher com p-valor=0,020. a Idade no pico da velocidade de crescimento. a MLG e a D karatê do foram tam pernas. As carga horas para 1,20 horas ais). Mesm a DMO nas namento s foram iden vertebral ( para o grup Discussã Os achado lescentes p DMO em di da DMO fo sadas. Além diferentes grupos de pres ntou para res, ativ uand peri tanto os d a co s no a es o si glob para ade do lo es uran o co idade ta a Tabela 2 controle e Variáveis Brac¸os (g/ Pernas (g/ Tronco (g/ Pelve (g/c Coluna (g Corpo inte ANCOVA, a a p-valorMO de todo o corpo no grupo controle e no grupo que no grupo de kung-fu. Padrões semelhantes bém observados para a DMO da coluna, tronco e s de treinamento semanais foram de 6,38±5,43 o judô, 10,46±2,78 horas para karatê e 3,15 ± para kung-fu (p<0,001 entre todas as artes marci- o após ajuste para possíveis fatores de confusão, pernas e brac¸os foi relacionada à carga de trei- emanal no grupo de judô. Relac¸ões semelhantes tificadas no grupo kung-fu para os brac¸os e coluna tabela 4). Não houve associac¸ões significativas o karatê. o s do presente estudo identificaram que os ado- raticantes de artes marciais apresentaram maior ferentes regiões do corpo; no entanto, os valores ram semelhantes entre as artes marciais anali- disso, a relac¸ão entre MLG e DMO ocorreu em magnitudes no grupo controle e nos diferentes No aprese mente superio signific DMO q bros su e, por elevad ficativ lado, o de lut impact que en físico varied tes aos (o esti tato (d assim, modal Nes artes marciais estudados. ficativas na Análise das médias estimadas pela covariância da densidade miner de artes marciais (n=137) Controle (n=90) Judô (n=17) Karatê (n=14) Kung-f Média (EP) cm2) 0,695 (0,01) 0,771 (0,02)a 0,695 (0,03) 0,735 cm2) 1,105 (0,01) 1,173 (0,03) 1,139 (0,04) 1,150 cm2) 0,845 (0,01) 0,841 (0,01) 0,863 (0,02) 0,876 m2) 1,122 (0,08) 1,028 (0,20) 1,098 (0,24) 1,089 /cm2) 0,904 (0,01) 0,897 (0,02) 0,944 (0,02) 0,963 iro (g/cm2) 1,021 (0,01) 1,009 (0,01) 1,033 (0,02) 1,049 nálise de covariância controlada para sexo, idade, massa livre de gordu <0,05 comparado com o grupo controle.ente estudo, a carga de treinamento semanal uma relac¸ão significativa com a DMO, principal- os brac¸os e as pernas. Em relac¸ão aos membros o kung-fu e o judô apresentaram uma relac¸ão a entre a carga de treinamento semanal e a o comparados com o grupo controle. Os mem- ores são amplamente usados na prática do judô , nossos achados eram esperados (valores mais o que no grupo controle e uma relac¸ão signi- m a carga de treinamento semanal). Por outro ssos achados também sugerem que esse estilo pecífica do kung-fu (chamado sanda) tem um gnificativo no treinamento e na luta, uma vez a um grande número de técnicas com impacto os membros superiores, tais como uma ampla de socos.20 O karatê mostrou valores semelhan- grupo controle, talvez porque o karatê Shotokan tudado) é considerado uma forma de semicon- te as competic¸ões, o contato físico é proibido) e, ntato físico não é comum no treinamento dessa . mostra, não foram encontradas diferenc¸as signi- DMO da pelve de praticantes e não praticantes, al óssea em adolescentes de acordo com os grupos u (n=16) ANCOVA p-valor Eta-quadrado Tamanho de efeito (0,03) 0,042 0,063 Médio (0,04) 0,264 0,031 Pequeno (0,01) 0,243 0,032 Pequeno (0,23) 0,979 0,001 Insignificante (0,02) 0,083 0,051 Pequeno (0,02) 0,292 0,029 Pequeno ra e maturac¸ão somática; EP, Erro padrão. 214 Ito IH et al. Tabela 3 Comparac¸ões da inclinac¸ão da relac¸ão entre a massa livre de gordura e densidade mineral óssea em adolescentes de diferentes artes marciais (n=138) Densidade mineral óssea (g/cm2) Controle (n=90) Judô (n=17) Karatê (n=14) Kung-fu (n=16) MLG (kg) MLG (kg) MLG (kg) MLG (kg)  (IC95%)a  (IC95%)a  (IC95%)a  (IC95%)a Brac¸os (g/cm2) 0,006 (0,004 a 0,009) 0,005 (−0,069 a 0,080) 0,010 (−0,001 a 0,020) 0,004 (−0,002 a 0,010) Versus controle -- p-valor=0,976 p-valor=0,435 p-valor=0,528 Pernas (g/cm2) 0,013 (0,010 a 0,017) 0,010 (−0,085 a 0,105) 0,026 (0,011 a 0,042) 0,003 (−0,003 a 0,009) Versus controle -- p-valor=0,945 p-valor=0,077 p-valor=0,006 Tronco (g/cm2) 0,010 (0,007 a 0,012) 0,023 (0,006 a 0,040) 0,017 (0,005 a 0,028) 0,001 (−0,003 a 0,005) Versus controle -- p-valor=0,110 p-valor=0,173 p-valor=0,001 Pelve (g/cm2) 0,022 (−0,026 a 0,070) 0,035 (0,007 a 0,064) 0,024 (0,007 a 0,040) 0,001 (−0,006 a 0,005) Versus controle -- p-valor=0,635 p-valor=0,936 p-valor=0,385 Coluna (g/cm2) 0,012 (0,008 a 0,015) 0,031 (0,010 a 0,052) 0,026 (0,007 a 0,045) −0,001 (-0,008 a 0,007) Versus controle -- p-valor=0,065 p-valor=0,132 p-valor=0,002 Corpo inteiro (g/cm2) 0,007 (0,005 a 0,010) 0,016 (−0,001 a 0,032) 0,017 (0,005 a 0,029) 0,002 (−0,003 a 0,008) Versus controle -- p-valor=0,206 p-valor=0,053 p-valor=0,027 MLG, massa livre de gordura. a Modelo ajustado para sexo, idade e maturac¸ão somática. Os números em negrito indicam os valores de p significantes e correlac¸ão positiva en o que suge mecanismo como a gin treinados ( aumenta a de polo aqu -kwon-do a entanto, n pelve não f ria cautela A massa tadas como óssea e geo dominante relacionad lado, a aus em estudo portiva em na literatu prática de temente d da MLG, o cou tria ent rtes ovav ica, ac¸ão bora o de con tas ne14 ários nális olle BMD to, a de cent Tabela 4 artes mar DMO (g/cm Brac¸os Pernas Tronco Pelve Coluna Corpo inte DMO, dens indicam umtre a massa livre de gordura e a densidade mineral óssea. re que esses métodos de combate não incluem s de salto ou geram impacto na região do quadril, ástica artística e o vôlei.21 Em atletas altamente entre 18 e 25 anos), a prática do karatê e do judô densidade mineral óssea mais do que a prática ático.6 Além disso, os praticantes de judô e tae- presentaram maior DMO do que corredores.22 No os estudos citados anteriormente,6,22 a DMO da oi avaliada separadamente. Portanto, é necessá- ao generalizar esses resultados. muscular e a maturac¸ão biológica têm sido apon- determinantes importantes do ganho de massa metria relacionada à prática esportiva,23,24 pre- mente porque as duas variáveis estão fortemente as durante a infância e a adolescência. Por outro ência de massa muscular e maturac¸ão biológica s que analisam os valores de DMO e prática des- adolescentes constitui uma limitac¸ão relevante ra científica especializada.16 Em nosso estudo, a identifi geome rentem caso, a são, pr biológ matur Em positiv não há os atle Medici necess uma a rican C maior Portan tidade adolessportiva afetou os valores da DMO independen- o estágio de maturac¸ão somática ou dos valores que está de acordo com Ferry,25 que também pesquisas. É impor o desenho Correlac¸ão parcial entre a densidade mineral óssea e a carga de tre ciais (n=138) 2) Controle versus Judô (n=108) Controle vers (n=104) r (rIC95%) r (rIC95%) 0,308 (0,126 a 0,470) 0,018 (−0,1 0,223 (0,036 a 0,395) 0,144 (−0,0 0,012 (−0,177 a 0,201) 0,124 (−0,0 −0,018 (−0,206 a 0,172) −0,008 (−0,2 −0,009 (−0,198 a 0,180) 0,165 (−0,0 iro −0,071 (−0,257 a 0,120) 0,065 (−0,1 idade mineral óssea. Modelo ajustado para sexo, idade, maturac¸ão somá a correlac¸ão positiva entre a DMO e a carga de treinamento semanal. que oito meses de prática do futebol afetaram a óssea, mesmo em adolescentes pós-púberes. Apa- e, as vias que ligam a prática desportiva (nesse marciais) e a saúde óssea durante a adolescência elmente, aprimoradas por eventos de maturac¸ão mas essas vias parecem ser independentes da biológica. alguns autores tenham encontrado um efeito outras modalidades esportivas na DMO,13,23,24,26 senso sobre a carga de treinamento ideal para jovens. A diretriz do American College of Sports indica que pelo menos 120min/semana são para melhorar a saúde óssea. No entanto, em e adicional, o ponto de corte proposto pelo Ame- ge of Sports Medicine não estava relacionado à na amostra analisada (dados não mostrados). melhor combinac¸ão entre intensidade e quan- exercício com o objetivo de ganho de DMO em es ainda não está clara e são necessárias maistante ressaltar algumas limitac¸ões deste estudo; transversal, no qual há uma ausência de inamento semanal em adolescentes de diferentes us Karatê Controle versus Kung-Fu (n=106) r (rIC95%) 75 a 0,210) 0,248 (0,060 a 0,419) 50 a 0,328) 0,185 (−0,006 a 0,363) 70 a 0,309) 0,171 (−0,020 a 0,350) 00 a 0,185) −0,013 (−0,203 a 0,178) 28 a 0,347) 0,228 (0,039 a 0,401) 29 a 0,254) 0,149 (−0,043 a 0,330) tica e massa livre de gordura. Os números em negrito Prática de artes marciais e densidade mineral óssea em adolescentes de ambos os sexos 215 causalidade, deve ser considerado. Além disso, a ausência de fatores nutricionais (por exemplo, cálcio e vitamina D) e a exposic¸ão à luz solar devem ser considerados em estu- dos futuros. Todas as variáveis ósseas analisadas no presente estudo são fortemente afetadas pela maturac¸ão biológica, que é comumente caracterizada pelo método de Tanner (maturac¸ão sexual). No presente estudo, o PVC foi adotado como marcador de maturac¸ão, por ser um método não inva- sivo, o qua hormonais) para ambo das da geo que analisa Em conc tos das ar relac¸ão po foi identific da arte ma Financia Conselho N gico (CNPq Conflitos Os autores Agradeci Ao CNPq ( à Pesquisa 2013/0696 Referênc 1. Barros H vity and literatur 2. Karlsson man E. fracture 3. Fletcher position 2013;23 4. Malina R crescim 5. Tenforde on bone PMR. 20 6. Andreol U, De Lo muscle 2001;33 7. Milanese distinct -menarc 8. Jaffré C by ultra ning the 9. Alfredson H, Nordström P, Lorentzon R. Total and regio- nal bone mass in female soccer players. 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S ying e Min ry B, e hea g pro ne. 2 rteix u CL. pube non- e TJ rela s an 5;82:l discrimina os eventos de maturac¸ão (padrões de forma tão eficaz como o método de Tanner, s os sexos.27 Finalmente, o DXA não fornece medi- metria óssea, o que poderia ser útil em estudos m essa questão.25 lusão, apesar da limitada compreensão dos efei- tes marciais em crianc¸as e adolescentes, uma sitiva entre a DMO e a prática de artes marciais ada, embora essa relac¸ão parec¸a ser dependente rcial analisada. mento acional de Desenvolvimento Científico e Tecnoló- ), Brasil. de interesse declaram não haver conflitos de interesse. mentos bolsa de mestrado) e à Fundac¸ão de Amparo do Estado de São Paulo (Fapesp), processo: 3-5, bolsa de estudo de graduac¸ão. ias R, Ritti-Dias RM. Relationship between physical acti- bone density/osteoporosis: a review of the Brazilian e. Motriz. 2010;16:723--9. 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