Mesquita, José Carlos Vilhena2014-09-172014-09-171982-04-13AUT: JME00350;http://hdl.handle.net/10400.1/4974Trata-se da transcrição em PDF (acrescentado com ilustrações) do artigo originalmente publicado em 13-04-1982 no suplemento «Cultura e Arte», do matutino «Comércio do Porto», ao tempo um dos mais acreditados periódicos da imprensa portuguesa.Silvio Pellico, ao longo da sua penosa existência, metamorfoseou a sua personalidade política em diferentes opções e sucessivas etapas, hesitando sempre no caminho a escolher. Por isso, começou por ser um fervoroso nacionalista, passou ligeiramente pelas fileiras clandestinas da carbonária, apodreceu durante dez anos nas masmorras austríacas e acabou por se converter definitivamente à causa religiosa, regressando à paz católica em que nascera. Este último gesto, talvez o de um desiludido, fará de Silvio Pellico uma espécie de desilusão pública do revolucionarismo político, o que lhe granjeará sérios dissabores, entre os quais o escárnio da traição. Para a maioria dos nacionalistas italianos, As Minhas Prisões de Silvio Pellico, são um “bluff”, espécie de literatura de seminário, que ninguém aproveita a não ser os inimigos da própria Itália. Por conseguinte, Silvio Pellico é um traidor à causa independentista italiana, um reles pacifista a quem não cabem as honras de perfilar ao lado de Garibaldi, de Cavour ou de Mazzini.porSilvio PellicoNacionalismoLiteratura ItalianaLiberalismoQuem foi Silvio Pellico. Um herói? Um traidor?periodical