Costa, Alexandre Alves2015-11-202015-11-2020021645-8052http://hdl.handle.net/10400.1/7090Estava a tomar café numa esplanada da Foz, ouvindo sem querer, mas a querer, uma conversa de duas senhoras de voz grave e fumadoras, como deve ser, que apreciavam com olhares gulosos alguns jovens surfistas que entravam e saiam do mar, vestidos com aqueles maravilhosos fatos pretos colados ao corpo. Alguns vestiam-nos ou despiam-nos bem perto de nós. Os cabelos não tinham gel, tinham sal e muitos eram loiros, cor da areia. Um strip masculino, pelo preço de um café! O sol aquecia e sentia-se, naquele princípio de primavera, o seu brilho no mar, o desabrochar da natureza, da sensualidade, do desejo, que a todos, tias, surfistas eu próprio, atingiam.porCidade, moda, identidade e globalizaçãojournal article