Carmo, CarinaGodinho, PaulaLouçã, João Carlos2021-08-232021-08-232021978-989-8956-231http://hdl.handle.net/10400.1/16880Em 1980, o quarto centenário da morte de Camões dá azo a que se mobilize a figura do escritor-cidadão como porta-voz da comunidade nacional. Três anos antes, voltara a haver comemorações oficiais do 10 de Junho e coube a Jorge de Sena e Vergílio Ferreira tomarem a palavra; em 1980, será a vez de David Mourão-Ferreira e Eduardo Lourenço. Mas nessa data redonda das celebrações, o ícone camoniano, de consabida origem romântica, leva escritores à esquerda a tomarem a dianteira: a fazerem de Camões sua personagem ― caso de José Saramago, em Que Farei com Este Livro? ― ou a promoverem publicações que são muito mais do que um gesto evocativo. É o caso do nº. 6 (Outono de 1980) da revista Loreto 13, da Associação Portuguesa de Escritores (APE), que celebra em conjunto o centenário de Camões e os 80 anos de José Gomes Ferreira. Camões faz-se patrono e emblema de escritores que, por essa via, actuam no sentido de fazer ganhar, no terreno político-cultural, o Portugal democrático conquistado com a Revolução dos Cravos.porCamões, patrono-emblema de escritores no pós-Abril contra-revolucionáriobook part2021-08-13cv-prod-257023310.34619/jcwq-hr49