Carmo, Carina Infante doAssociação Portuguesa dos Críticos Literários2023-05-262023-05-262020http://hdl.handle.net/10400.1/19620Já em 2010 João Barrento augurava um cenário distópico que vem cercando o género ensaio. Nas palavras de O Género Intranquilo. Anatomia do Ensaio e do Fragmento, são duas as fontes de perturbação: de um lado, “a logorreia [da trivialidade] que ameaça sufocar todas as formas de sensibilidade, e a tirania da imagem que atrofia as faculdades do pensar”; do outro, “a iliberalidade da obra erudita que se excede em explicações, não deixando qualquer espaço, depois de ambiciosamente ter dito tudo”. De ambos os lados, impõe-se uma força compressora que ameaça a vibração e a inteligência do ensaio, ele que “nasce no espaço livre dos textos” e vive dacontaminação do ensaísta com o seu objecto de estudo e escrita e do hibridismo genológico.porBalanços literários 2017 - Ensaio literáriobook part2023-05-23cv-prod-2128367