Chacoto, Lucília2012-06-212012-06-211996http://hdl.handle.net/10400.1/1273Os provérbios têm sido alvo de numerosos estudos semânticos, pragmáticos e etnológicos, entre outros. Procedendo em geral a análises de carácter linguístico, pretendemos tão somente, neste pequeno trabalho, abordar a função do provérbio na literatura portuguesa. Sendo os provérbios veiculados sobretudo através da língua falada, integrando, por conseguinte, a literatura oral de um povo, não deixam, contudo, de ser utilizados pelos escritores que, às suas obras, desejam conferir um cariz mais popular. O provérbio contribui igualmente para aumentar a autenticidade do texto, devido ao seu valor dogmático: texto anónimo, saber e pertença de um colectivo, ele não pode ser posto em causa. E, também por isso, é citado — ao ilustrar o seu discurso com o provérbio, que detém uma função analógica, o escritor “esconde-se”, defendendo e reforçando simultaneamente o que afirmou.porUm apontamento sobre o provérbio na literatura portuguesa: a carta guia de casados de D. Francisco Manuel de Mellojournal article