Marques, João Filipe2024-05-212024-05-212023-12-18http://hdl.handle.net/10400.1/20748Neste pequeno ensaio reconstitui-se a viagem que liga os dois grandes paradigmas teóricos da Sociologia do Turismo que exploram a ideia segundo a qual a experiência turística pode ser indutora de mudanças significativas no sujeito viajante: a teoria da liminaridade turística -oriunda da Antropologia do Ritual -e a noção de Autenticidade Existencial, cujos fundamentos radicam na Filosofia Existencialista. Segundo a teoria da liminaridade, a viagem turística constitui um processo simbólico de marcação do tempo e das etapas da vida, dotado de uma estrutura comparável à do processo ritual, através do qual o viajante/turista sai dos locais que lhe são familiares (momento de separação) para um destino (espaço-tempo liminar), regressando posteriormente ao local de origem (reintegração).Essa situação de liminaridade é geradora de um sentimento de comunhão profunda (communitas) com os outros seres humanos e de dissolução momentânea das hierarquias sociais. A noção de Autenticidade Existencial, por seu turno, refere-se a um estado especial do Serque é ativado pelas experiências turísticas durante as quais os indivíduos têm oportunidade para serem verdadeiros para consigo próprios e para com os seus valores e convicções. Esta viagem efetua aindaas imprescindíveis paragens em nalgumas das principais declinações do tema da Autenticidade no turismo, deflow, de cocreação, de turismo criativo e do poder transformacional do turismo. Termina-se com uma crítica ligeira aos principais adversários daquelas duas abordagens, em concreto, aos defensores da chamada «teoria da desdiferenciação».porAutenticidadeAutenticidade ExistencialLiminaridadeRitualCommunitasLiminaridades e Autenticidades; uma viagem à dimensão ritual e existencial do turismojournal article2238-2925