Grilo, Márcia2016-01-182016-01-1820111645-8052http://hdl.handle.net/10400.1/7448O presente artigo, intitulado “história e ideologia no estado novo – a revisão integralista do passado nacional” foi o tema por mim escolhido para a elaboração da minha tese de licenciatura no curso de património cultural, onde pretendo demonstrar que a cultura e a história não são assim tão passivas e apagadas da vida de uma sociedade. Muitas pessoas colocam em questão o real valor do conhecimento da história e por diversas vezes, ao questionarem o curso universitário que frequento, obtendo a resposta orgulhosa de que é património cultural, relacionado com todo o pensamento e acção do homem através da sua existência ao longo dos séculos, entrando assim nos domínios da história da arte, arqueologia, antropologia e história da cultura, cujo objectivo do mesmo curso é preservar essa memória, essa identidade, e dar a mostrar às pessoas o que foram outros tempos anteriores aos nossos que, embora parecendo nada ter a ver com os tempos que decorrem mas que na realidade foram decisivos para os mesmos, a reacção é, na grande maioria dos casos, semelhante. Um certo ar de descrença, perguntando-me com o olhar “se ainda fosse medicina… que utilidade tem a cultura a não ser satisfação pessoal do intelecto?”. O que não compreendem é que não é ser-se erudito que importa. O importante é o uso que podemos e devemos dar a esse mesmo conhecimento, em que perceber as relações entre épocas passadas e a nossa nos fazem compreender o mundo de hoje. Nada se pode compreender sem primeiro se estabelecer uma relação entre os factos, pois acções implicam consequências, que por sua vez irão gerar outras acções e outras consequências e, sendo a História um processo contínuo onde tudo está relacionado e interligado, (inclusive as “rupturas” históricas, que também fazem parte desse mesmo processo de continuidade), é ela quem melhor nos pode ajudar a responder ao “porquê” de muitas coisas e a encontrar o melhor caminho de as resolver.porHistória e ideologia no estado novo – A revisão integralista do passado nacionaljournal article