Valente, Maria João2016-01-202016-01-2020041645-8052AUT: MVA01538;http://hdl.handle.net/10400.1/7471Nas últimas décadas vários investigadores têm referido que os caçadores humanos do plistocénico superior competiam directamente com os demais animais carnívoros, muitas vezes ocupando o seu espaço natural no ecossistema e sobrepondo as suas estratégias de captação de recursos alimentares (e.g. Binford, 1981; Blasco, 1997; Blumenshine, 1995; Blumenschine e Marean, 1993; Brantingham, 1998; Brugal e Jaubert, 1991; Brugal et al., 1997; Fosse, 1995; Hockett, 1993; Stiner, 1994; Straus, 1992). O presente trabalho analisa os restos faunísticos da Gruta do Pego do Diabo, sítio que contêm depósitos de ocupação humana classificada como Aurinhacense por J. Zilhão (1997) e que possibilita a análise das relações entre humanos e carnívoros durante o Paleolítico Superior inicial em Portugal. Apesar de não ser numerosa, a fauna do Pego do Diabo exibe características tafonómicas específicas que estão de acordo com outros depósitos plistocénicos do Paleolítico Superior inicial em Portugal, como as grutas do Caldeirão, Salemas, Cova da Moura e Buraca Escura. Os dados disponíveis para estes contextos indicam que um número relativamente elevado de espécies de carnívoros concorreu directamente com os grupos humanos, não só pela utilização do mesmo espaço, mas também pelos mesmos recursos animais.porHumanos e carnívoros no paleolítico superior inicial em Portugal: arqueozoologia e tafonomia da gruta do Pego do Diabo (Loures)journal article