Silva, Paula Gomes da2013-10-152013-10-152013978-989-8553-12-6http://hdl.handle.net/10400.1/3068A sensibilidade ao contexto natural, mais tarde identificado como contexto ecológico, constitui um aspecto fundamental da arquitectura paisagista. Simultaneamente, a criação de espaços de paisagem como produto cultural, motivado e apreciado no âmbito de convenções estéticas é também uma das características fundamentais da profissão. A dupla ligação à natureza (ciência) e à cultura (arte) tem sido motivadora de profundos conflitos. O projecto ecológico, que se consolidou como uma corrente projectual a partir dos anos 60, corresponde a um dos extremos da dualidade que opõe a ciência e a arte no projecto. No momento actual, em que o interesse pela ecologia deixa de ser apenas a expressão das preocupações ambientais da sociedade, para se assumir como a essência de uma nova forma de entender a realidade, a ecologia, enquanto valor ético, científico e estético poderá ser vista como um instrumento técnico e conceptual capaz de reflectir e propor estratégias criativas para lidar com as questões espaciais e ambientais da paisagem contemporânea e de articular, numa mesma abordagem projectual, valores estéticos e ecológicos. A partir de uma reflexão sobre a génese e consolidação do projecto ecológico poder-se-ão identificar-se as bases teóricas para a construção de futuras metodologias e linguagens projectuais que potenciem uma efectiva articulação entre os domínios da ciência e da cultura.porArquitetura paisagistaProjeto ecológicoNatureza, ecologia e cultura: bases para uma abordagem ao projeto ecológicobook part