Oliveira, Luís FilipeSousa, Susana Karina Martins de2018-06-202018-06-202017-07-102017http://hdl.handle.net/10400.1/10691O Caminho de Santiago é perspetivado como meio de preservação das memórias de Santiago na Península Ibérica, às quais a Tradição Jacobeia atribui a primeira evangelização, ainda hoje fator de integração geográfica e cultural europeia. Compostela reconhece Faro como um dos pontos de início do Caminho de Santiago, ilustrando o traçado na Credencial Oficial do Peregrino e mantendo registo dos peregrinos que daí partem. No entanto, estes factos não têm correspondência no terreno, dada a insuficiência da sinalética e a alienação da população local. Na prossecução do objetivo principal de propor um itinerário de peregrinos, a sinalizar detalhadamente, localizou-se a presença da Ordem de Santiago no Algarve, caracterizando, particularmente, através do acervo documental - atas das visitações da Ordem de Santiago - os padroados ligados às principais vias de comunicação terrestre entre o Algarve e Portugal. De Faro, a Loulé, Salir e Almodôvar, traça-se uma linha que coincide com o mapa compostelano e com abundantes evidências que não terão surgido dissociadas da vida e dos valores preconizados pela sociedade que as gerou, e que se pretende reativar através do Caminho de Santiago. Observou-se que, em outros pontos do Caminho, a sinalética e a “cultura de acolhimento ao peregrino” são resultado da participação ativa e voluntária da população local, pelo que se considerou primordial o desenvolvimento de um conjunto de ações que permitiram educar, sensibilizar, recolher opiniões e congregar esforços no reconhecimento de percursos.porPatrimonializaçãoTuristificaçãoPeregrinaçãoOrdem de SantiagoCaminho de SantiagoTradição JacobeiaAs memórias de Santiago: do património aos itinerários dos peregrinosmaster thesis201930323