Petrov, PetarMarques, João MinhotoSerra, Paulo Roberto Nóbrega2012-10-242012-10-24200582.091 SER*Rea 1http://hdl.handle.net/10400.1/1775Dissertação de mest., Literatura Comparada, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Univ. do Algarve, 2005Nesta dissertação reflecte-se sobre o realismo mágico enquanto corrente literária que contribuiu para uma importante renovação da ficção produzida em Portugal e em outros países. É traçado o percurso desse conceito, que teve origem na pintura, em 1925, e foi depois transposto para a literatura, sofrendo sucessivas definições de diversos autores e críticos. O realismo mágico é definido em termos da intervenção do maravilhoso numa narrativa de moldes realistas. Considera-se como o sobrenatural na literatura fantástica procura despertar no leitor a dúvida ou o medo, enquanto, no realismo mágico, os acontecimentos extraordinários não procuram surpreender e são aceites de forma natural, como uma parte integrante da realidade. Exemplificando através de aspectos concretos de algumas obras, realiza-se um levantamento das principais características deste tipo de ficção. Considera-se ainda como o maravilhoso e a alegoria surgem associados de forma a constituírem uma crítica social e política indirecta. De forma a comprovar a existência de um realismo mágico próprio da ficção portuguesa, distinto do produzido entre outros países e autores, procedemos à leitura crítica das obras O Dia dos Prodígios, de Lídia Jorge, e O Meu Mundo Não É Deste Reino, de João de Melo. Essa questão é objectivada através da análise de diversos aspectos textuais, como a intervenção de um maravilhoso de índole religiosa, a indeterminação do espaço e do tempo, certos dons sobrenaturais conferidos às personagens centrais, e uma intertextualidade paródica do texto bíblico, de mitos e do folclore.porRealismo mágicoCorrente literáriaMaravilhosoLídia JorgeJoão de MeloO realismo mágico na literatura portuguesa: o dia dos prodígios, de Lídia Jorge e o meu mundo não é deste reino, de João de Melomaster thesis