Fraile Gil, José Manuel2012-09-102012-09-1020050873-0547http://hdl.handle.net/10400.1/1613Em Espanha, a memória colectiva preservou um texto dialogado de assunto anticlerical e de estilo muito castiço e tradicional. Trata-se de um jogo infantil que, com aparente ingenuidade, converte em actores os dedos polegar, médio e mindinho da própria mão. Estes três dedos representam um clérigo luxurioso, uma dama (que ele visita e aceita os seus favores) e uma criada, que protesta por esses encontros, tentando salvar a honra do patrão. Num manuscrito da segunda década do séc. XVII, existe um longo texto (que, por indicações que se dão no começo, parece que deveria ser cantado), o qual apresenta o mesmo assunto e as mesmas personagens do referido jogo infantil. Portanto, mais uma vez, a tradição oral salvou do esquecimento uma obra literária, que, convenientemente transformada e reduzida ao essencial, chegou até nós dentro do amplo e heterogéneo mundo da literatura oral para uso das crianças.spaUm díálogo entre dedos de asunto anticlericaljournal article