Castro, Paulo Alexandre e2023-11-092023-11-092021-082525-8761http://hdl.handle.net/10400.1/20146A relação entre períodos de crise e o aumento de pobreza não é nova e sabemos que se repete ciclicamente. No entanto, o paradigma da globalização, com as suas estratégias de exploração do mercado, criou novas realidades, a nível familiar, social e profissional e por consequência, a nível humanitário. As taxas de suicídio são provavelmente o mais forte indicador. O incremento da robotização na vida empresarial e industrial gerou a facilidade de acesso a milhares de produtos, contudo, o seu reverso colocou e coloca no desemprego milhares de trabalhadores. A globalização da pobreza surgiu como nova faceta desse movimento económico e fez surgir novas questões que pareciam improváveis como a sustentabilidade dos empregos, a desvalorização do valor do trabalho, a recessão e volatilidade dos mercados financeiros, as migrações, entre outras, mas também das campanhas e movimentos solidários. Perante um tal cenário e de acordo com alguns estudos recentes, o valor do trabalho irá cair ainda mais e poderá acontecer uma rutura humanitária de dimensões imprevistas. Por outro lado, nos cenários mais otimistas, a humanidade caminharia para a sua libertação e poderia graças ao desenvolvimento da inteligência artificial, viver de forma mais adequada. No entanto, uma tal libertação implica um preço a pagar e não se sabe se não poderão advir novas formas de trabalho escravo. É sobre estas questões que se procurará refletir.porGlobalizaçãoPobrezaTrabalhoSuicídioInteligência artificialÉtica prática: tecnologização e pobreza globaljournal article2023-11-09cv-prod-258829810.34117/bjdv7n8-155