Ramalhinho, Isabel Maria Pires SebastiãoLuz, Tiago Miguel Abreu da2018-03-062018-03-062017-11-172017http://hdl.handle.net/10400.1/10409Dissertação de mestrado, Ciências Farmacêuticas, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade do Algarve, 2017Os antibióticos têm sido desde da década de 50 a referência para o tratamento de doenças infeciosas causadas por bactérias patogénicas. O consumo inadequado deste grupo de fármacos e o desinvestimento da indústria farmacêutica neste campo provocou um declínio na efetividade terapêutica, abrindo portas ao aparecimento da resistência bacteriana. Há uma clara correlação entre o volume de antibióticos prescritos a nível comunitário e a prevalência de estirpes bacterianas resistentes. Cerca de 80% dos antibióticos destinam-se ao uso comunitário, estimando-se também que 20 a 50% de todos os antibióticos usados são inapropriados, levando ao aumento de efeitos secundários, maiores custos para o estado e aumento de resistências bacterianas. Para controlar estes fatores negativos é importante uma vigilância detalhada do consumo destes fármacos na comunidade, assim como uma estratégia para controlar o uso excessivo e indevido destes. Este estudo tem como objetivo avaliar o consumo de quinolonas, em ambulatório, em Portugal Continental entre 2005 e 2014, de acordo com a venda de medicamentos comparticipados e dispensados em regime de ambulatório aos utentes do Serviço Nacional de Saúde e subsistemas públicos. Foram utilizados dois métodos de avaliação de consumo, a DHD, expresso em DDD por 1000 habitantes e por dia, e o PHD, expresso em número de embalagens por 1000 habitantes e por dia. Verificou-se uma diminuição do consumo de quinolonas em Portugal Continental, assim como em todas as regiões de saúde, entre 2005 e 2014. No entanto, nem todos os distritos acompanham a tendência nacional, sendo Portalegre o distrito com maior aumento do consumo. A ciprofloxacina é a quinolona mais consumida no país, sendo que a levofloxacina foi a quinolona que sofreu o maior aumento de consumo. Apesar da diminuição do consumo deste grupo de antibióticos, Portugal Continental continua a ter um consumo elevado quando comparado com outros países europeus.porAntibióticosQuinolonasConsumoPortugal ContinentalEvolução do consumo de quinolonas em Portugal Continental entre 2005 e 2014master thesis201830515