Carvalho, Ana AlexandraCarvalho, João CarlosCosta, Luísa Manuel Batista2011-09-072011-09-072010http://hdl.handle.net/10400.1/249Dissertação de mest., Literatura, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade do Algarve, 2010A alimentação é um fenómeno social que pode ser considerado como o espelho da mentalidade de uma época. No século XVI, foram vários os escritores que inseriram nas suas obras preceitos de dietética e cenas de banquetes onde imperava a convivialidade. Entre esses autores estão Rabelais, com Pantagruel e Gargantua, Garcia da Orta, com os Colóquios dos Simples e Drogas e Cousas Medicinais da Índia e Bartolomeo Platina, com o De Honesta Voluptate et Valetudine. Os três escritores utilizam como principal processo retórico-poético a constante referência ao prazer provocado pela comida e pela bebida, fazendo-nos entrar nos ideais da filosofia epicurista. No entanto, a alimentação não tem como finalidade única a de saciar apetites, ela tem, igualmente, propriedades terapêuticas. Dá-se, deste modo, grande importância à teoria dos humores, baseada num sistema de correspondência entre os elementos do universo, o temperamento do ser humano e a natureza dos alimentos, considerando que estes últimos têm a virtude de, se ingeridos de forma adequada, serem um dos principais motores para uma vida saudável.application/pdfporLiteratura comparadaRetóricaAlimentaçãoViagensSaberes e sabores em Garcia da Orta, Rabelais e Platinamaster thesis