Sepodes, BrunoSantos, Inês Isabel Carromeu2018-12-152018-12-1520102010http://hdl.handle.net/10400.1/12187A menopausa corresponde a uma diminuição dos níveis de estrogénio e é caracterizada por afrontamentos, suores nocturnos, ansiedade, atrofia vaginal, entre muitos outros, que afectam a sua qualidade de vida. A terapêutica com estrogénio é efectiva no alívio destes sintomas, mas se tomada por mulheres com útero aumenta o risco de cancro do endométrio, pelo que as mulheres com útero devem também utilizar um progestagénio para contrariar o efeito do estrogénio neste local. As diferenças entre estrogénios naturais e sintéticos e entre a progesterona e os diversos progestagénios, bem como entre as vias de administração oral e não-oral podem traduzir-se em alterações metabólicas diferentes e, consequentemente, diferenças a nível do risco cardiovascular, cancro da mama e tromboembolismo venoso. As evidências actuais estabelecem que a THS, nas mulheres saudáveis entre os 50 – 59 anos, não aumenta o risco de doença coronária. Neste momento não é claro se há um aumento estatístico do AVC esquémico, com a dose standard de THS, nas mulheres saudáveis nesta faixa etária. No entanto, se iniciada em mulheres mais velhas ou na menopausa há mais de 10 anos existe um risco adicional. O risco de trombose venosa é aproximadamente duas vezes superior com as doses standard de THS oral, e é menor com a TE ransdérmica, comparativamente com a TE oral. Após 5 anos de THS combinada há um pequeno aumento do risco de cancro da mama. A TE não provoca aumento do risco de cancro da mama durante 7 anos. Nos estudos observacionais ocorre um pequeno aumento com a utilização a longo prazo. O estrogénio reduz o risco de fracturas ósseas na pósmenopausa, incluindo fractura do osso ilíaco, e reduz a densidade óssea, prevenindo o aparecimento de osteoporose. Tem sido demonstrado por diversos estudos que a utilização de doses inferiores às doses standard apresentam um melhor perfil de segurança, mantendo a mesma eficácia. A THS constitui o tratamento mais efectivo para o alívio dos sintomas da menopausa, sendo que, actualmente, apenas está indicada quando estes sintomas são moderados ou severos (na menor dose e durante o menor período de tempo possível). A tibolona é uma hormona sintética que tem propriedades estrogénicas, progestagénicas e androgénicas, e constitui uma alternativa à THS convencional dado que actua como estrogénio no cérebro (prevenindo os afrontamentos), osso e vagina. Os SERMs, nomeadamente o aloxifeno, constituem uma opção para as mulheres com elevado risco de osteoporose, mas que não sofram de sintomas vasomotores. Diversas plantas, ricas em fitoestrogénios, podem constituir uma opção para o alívio dos sintomas da menopausa, embora os estudos não sejam conclusivos no que respeita à sua eficácia e segurança.porTerapêutica Hormonal de Substituição (THS)MenopausaEstrogénioProgestagénioTibolonaSERMsCancro da mamaRisco cardiovascularRisco tromboembólicoOsteoporoseTerapêutica hormonal de substituiçãomaster thesis