Carvalho, João Carlos Firmino Andrade deCarvalho, Ana Alexandra Mendonça Seabra da Silva Andrade deVieira, Ana Lúcia Nobre2014-05-162014-05-162012http://hdl.handle.net/10400.1/3988Tese de dout., Literatura, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Univ. do Algarve, 2012Este estudo versa sobre a temática do herói pícaro, estudando a evolução do romance picaresco, desde as suas origens no Século de Ouro espanhol até à literatura contemporânea nacional, sob uma perspectiva sincrónica e diacrónica. O modelo foi inaugurado com La vida de Lazarillo e estabelecido com Guzmán de Alfarache. Quevedo subverte e parodia o modelo picaresco, mostrando a possibilidade de inovação dentro do subgénero. Este ultrapassou as fronteiras hispânicas: as novelas espanholas foram traduzidas para outras línguas europeias e conduziram ao aparecimento de subgéneros romanescos: a rogue literature, as histórias cómicas, os romances autobiográficos e o romance picaresco francês. Na Alemanha, a influência sentiu-se de forma mais modesta e indirecta. O subgénero influenciou também a produção literária portuguesa. Encontramo-lo na sátira e na imagem picaresca dos Portugueses transmitida na Peregrinação e na sátira de costumes à sociedade portuguesa em O Piolho Viajante. O século XIX trouxe novos exemplos do espírito pícaro remanescente através da presença de anti-heróis (o cego de Landim e Teodorico Raposo). A narrativa portuguesa contemporânea permitiu a discussão acerca da neo-picaresca. Encontrámos sobrevivências em vários autores – Miguel Torga, Aquilino Ribeiro, Fernando Namora e Fernando Assis Pacheco –, que recuperaram a tradição, inovando-a e adaptando-a a outras realidades.porLiteraturaNovela picarescaEstudo literárioTrabalhos e paixões do herói: de Lazarillo de Tormes a Benito Pradadoctoral thesis101238665