Cristiano, Maria Lurdes SantosBarrulas, Raquel Alexandra Valadares2016-03-312016-03-3120142014http://hdl.handle.net/10400.1/7913Dissertação de mestrado, Ciências Farmacêuticas, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade do Algarve, 2014O cancro é das maiores causas de morte no mundo. As neoplasias estão associadas a um crescimento descontrolado das células, resultante de fatores de risco designados por agentes cancerígenos. A elevada extensão da doença e a variedade de tumores identificados requerem um investimento contínuo em novas estratégias terapêuticas, incluindo o desenvolvimento de novos agentes quimioterapêuticos. [1,2] As principais limitações da quimioterapêutica antineoplásica são a baixa seletividade, resultando em toxicidade não específica em relação a células normais, bem como a seleção de resistência a fármacos por células cancerígenas. Para reduzir a massa tumoral, a modalidade comum no tratamento do cancro é a terapia múltipla, que associa vários fármacos com atividade comprovada. Contudo, devido à sua toxicidade intrínseca e a possíveis interações entre eles, esta estratégia está associada a efeitos colaterais graves, dificultando a regressão do tumor e comprometendo a resistência do paciente ao tratamento. [3] Tem-se observado um investimento na investigação conducente ao desenho racional e desenvolvimento de moléculas híbridas. Preferencialmente, estas moléculas deverão ser pró-fármacos que, após bio-ativados, libertam entidades farmacologicamente ativas dirigidas a alvos terapêuticos diferentes ou a pontos diferentes do mesmo alvo, garantindo eficácia, seletividade e retardando a seleção de resistências. O objetivo é desenvolver moléculas multifuncionais que conduzam à redução rápida da massa tumoral, em concentrações nanomolares baixas, apresentem baixa toxicidade para células não cancerígenas e possam ser administradas oralmente. Esta abordagem de tratamento, baseada numa entidade química única, permite contornar problemas associados a interações entre fármacos distintos, comuns em terapia múltipla. [4] Neste contexto, foram já propostas moléculas multifuncionais baseadas em diferentes quimiotipos ativos em várias linhas de células cancerígenas. Nesta monografia pretende-se realizar uma revisão bibliográfica sobre os avanços no desenvolvimento de fármacos híbridos ativos em quimioterapia do cancro, suas características farmacológicas e modo de ação, perspetivando os desenvolvimentos nesta área.porCiências farmacêuticasCancroFármacosQuimioterapiaResistênciaTerapias combinadasFármacos híbridos com atividade antineoplásicamaster thesis202218740