Pereira, Rui Lopes Penha2014-09-182014-09-1820100870-418XAUT: RPP00018;http://hdl.handle.net/10400.1/4996De 6 a 9 de Março de 2006, teve lugar em Lisboa a Conferência Mundial sobre Educação Artística, sob os auspícios da UNESCO. Aproveitando este evento e com o fim de lançar um importante contributo para a discussão das bases da educação artística em Portugal, seguiu-se-lhe a Conferência Nacional de Educação Artística que decorreu de 29 a 31 de Outubro de 2007, no Porto, numa promoção conjunta dos Ministérios da Educação e da Cultura. De alguns documentos destas conferências ressalta a ênfase dada à criatividade artística, como elemento justificador da educação pela arte. No entanto, argumento aqui que a criatividade talvez não seja o conceito merecedor da maior centralidade, mesmo na educação pela arte, contrapondo-lhe o conceito de bem-estar. Aponto também como desenvolvimento natural do bem-estar no processo educativo, o “desinteresse” tal como interpretado na filosofia de Emmanuel Levinas. Argumento ainda que a arte parece ter de facto particularidades que podem facilitar um ambiente ético permeado por este “desinteresse” Levinasiano, não obstante o facto de tal ser igualmente possível no ensino de qualquer outro tópico. Tal deve-se ao facto de pugnar aqui pela centralidade do “processo” na educação, apontando-se o “produto” como do interesse do mais simples e restrito processo instrutivo. Finalmente, como exemplo paradigmático de uma rede de instrução pela arte onde é possível contrastar os elementos acima debatidos, refiro-me às mais de setecentas Associações Filarmónicas portuguesas, espalhadas pelo continente e ilhas.porEducaçãoBem-estarArteBem-estar e educação pela artejournal article