Carvalho, Ana Alexandra Mendonça Seabra da Silva Andrade de2018-04-032018-04-032011-01Carvalho, Ana Alexandra Seabra de, “(In)verosímil e Fantástico ou a Arte de Provocar o Medo”, Carnets III, L’(In)vraisemblable, janvier 2011, pp.71-97. ISSN 1646-76981646-7698AUT: AAC00855;http://hdl.handle.net/10400.1/10512Filho do Iluminismo, o fantástico recusa igualmente a inverosimilhança do maravilhoso e a verosimilhança aristotélica do Classicismo ou do Realismo. Real e irreal entrelaçam-se, originando perturbação, mistério e angústia. Privada de Deus, a realidade humana é percepcionada como enigmática e inquietante. Para provocar no leitor o efeito da angústia e do medo, o fantástico assenta na ambiguidade da apresentação do fenómeno meta-empírico, inserindo, num quadro real verosímil, algo de escandalosamente inverosímil que instaura o paradoxo nos quadros de referência do mundo conhecido. Como explicar o sucedido? As respostas de Crébillon, Baudelaire ou Maupassant aqui tratadas serão diferentes. Contudo, depois de Todorov, aceita-se que o maravilhoso crê no sobrenatural, a ficção científica desenvolve uma fantasia baseada nos poderes racionais da ciência e o estranho encontra uma solução racional. No fantástico – construído a partir da incerteza e da ambiguidade – devem permanecer a hesitação, a perplexidade, a angústia e o medo.porVerosimilhançaFantásticoAmbiguidadeAngústia e Medo“(In)verosímil e fantástico ou a arte de provocar o medo”journal article