Carmo, Carina Infante do2015-03-122015-03-122012978-2-336-00508-9AUT: CCA01243;http://hdl.handle.net/10400.1/5798A leitura paralela de Maria Judite de Carvalho e José Gomes Ferreira permite-nos pensar a crónica como forma privilegiada de dizer a cidade contemporânea mediante uma lucidez irónica e uma aguda consciência histórica. José Gomes Ferreira nunca esconde o grotesco e a desolação do mundo dos outros mas dá a ver o que existe de irreal, de sonho no quotidiano e ironiza a sua posição (melancólica) de poeta militante. Maria Judite de Carvalho, por seu turno, vive uma dolorosa contiguidade com as ruas e rostos que se entregam à indiferença, ao consumo e à alienação. E, no entanto, esta verdade como um punho revela-se através de uma ironia fina e ácida que denuncia as injustiças e os lugares comuns dos discursos e dos gestos. Em ambos os casos, de modos diversos, a crónica trabalha as nuances próprias da ironia, contra a evidência do banal, do esquecimento e da morte.porCrónicaCidadeIroniaMaria Judite de CarvalhoJosé Gomes FerreiraLe travail de l’ironie dans les chroniques de Maria Judite de Carvalho et de José Gomes Ferreirabook part