Reider, Noriko T.2012-07-172012-07-172001http://hdl.handle.net/10400.1/1464Numa das mais famosas lendas de seres demoníacos, o herói guerreiro Minamoto no Raiko (? - 1021) derrota o diabólico oni, Shuten dôji, por manha e engano. Remontada ao Japão medieval, a história sugere que, com a ajuda das divindades os guerreiros podem derrotar até os mais monstruosos vilões. Misto de entertenimento e edificação moral /religiosa, “Shuten dôji” pertence ao género otogi zôshi. Adequadamente ao género, no momento da derrota mortal do demónio, Shuten dôji exclama, “Que tristeza, sacerdotes! Dizeis que não mentis: Não há injustiça nas palavras dos demónios”. Trata-se dum lamento justificado; vindo de um demónio que rapta e come raparigas, parece incongruente e mesmo cândido que um personagem tão diabólico não espere subterfúgios para o derrotar. Ao mesmo tempo a exclamação cria uma súbita mudança de simpatias — de pró-guerreiros para pró-oni — na narração da lenda. Esta transferência detém o fluir da história. Em última análise, põe-se, em termos de um dilema, o problema “até que ponto se pode ser corrupto na demanda de um alvo virtuoso?” Ao examinar o oni, o meu artigo explora o significado da razão de Shuten dôji.engShutendôji: oniwith a righteous tonguejournal article