Giger, Jean-ChristopheCarriço, Cláudia da Costa2017-10-212017-10-212017-09-062017http://hdl.handle.net/10400.1/10119Dissertação de mestrado, Psicologia Clínica e da Saúde, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade do Algarve, 2017A infertilidade conjugal é uma realidade crescente, envolvendo muitos casais em idade procriativa, o que pode provocar momentos de conflito e relacionais entre o casal, promovendo sofrimento e instabilidade psicológica. O presente estudo, tem como principais objetivos, analisar as relações entre o estigma interiorizado, a autoestima sexual, a satisfação sexual, e a saúde em geral; perceber se existe alguma relação entre a adesão à valorização social da parentalidade, a autoestima sexual, a satisfação sexual, e a saúde em geral; e determinar se existe um papel mediador da preocupação sexual na relação com o estigma na infertilidade. Para a realização desta investigação, foram recolhidos 209 questionários de mulheres com e sem problemas de fertilidade. Para o efeito utilizou-se um questionário sociodemográfico, a Escala da Importância da Parentalidade, o Questionário de Consciencialização do Estigma e Perceção da Infertilidade, o Questionário Geral da Saúde, a Escala do Significado da Parentalidade, a Escala de Autoestima Sexual, a Escala de Qualidade da Relação, o Inventário de Problemas associados à Fertilidade (IPF), a Escala de Autoculpabilização, a Escala Multidimensional de Identificação, o Questionário de Autoidentificação como Infértil ", a Medida Global de Satisfação Sexual, e a Escala que avalia a Angústia Especifica da Infertilidade. Os resultados obtidos foram discutidos segundo um quadro concetual que indicam a existência de relações significativas entre as variáveis em estudo, nomeadamente entre o estigma interiorizado, a autoestima sexual, a satisfação sexual, e a saúde em geral. Concluímos que a interiorização do estigma, nas mulheres com problemas de fertilidade, contribui para uma baixa autoestima e satisfação sexual, e aumenta os problemas relacionados com a saúde em geral. Refletem, ainda, que a adesão à valorização social da parentalidade não se encontra associada com a satisfação sexual, e a inexistência de associação entre a importância da parentalidade e a autoestima sexual. Porém, constatou-se que a valorização concedida ao significado da parentalidade afeta negativamente a autoestima sexual, e que a importância e o significado atribuído à parentalidade contribuem para ampliar os problemas referentes à saúde em geral. Concluímos, também, que as mulheres com problemas de fertilidade encontram-se mais suscetíveis ao stresse na infertilidade, tornando-as num grupo mais vulnerável, e alvo de estigma social, o que vai contribuir para uma elevada prevalência de perturbações psicológicas e psicossociais.porInfertilidadeestigma socialParentalidadeAutoestima sexualSatisfação sexualSaúde em geralmaster thesis201740150