Browsing by Author "Caetano, Dinis Manuel Correia"
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- Contextos de incubação, redes e desempenho organizacional: criação de valor em incubadoras de empresasPublication . Caetano, Dinis Manuel Correia; Amaral, António Miguel Areias Dias; Andraz, Jorge MiguelEste trabalho aborda o problema do desenvolvimento organizacional em incubadoras de empresas resultante dos contextos, dimensões e redes disponíveis no processo de incubação e é constituído por três linhas de investigação. A primeira aborda um estudo de caso no IPN-Incubadora, criado em 1991 pela Universidade de Coimbra, com 10 empresas em estágios diferentes (incubadas, em aceleração e graduadas) e tem como objetivo compreender o mecanismo de interação Universidade-Indústria através da promoção da inovação e transferência de tecnologia entre a academia e as empresas. A segunda baseia-se num estudo comparativo de 29 incubadoras portuguesas em dois momentos distintos (2009 e 2017) e visa comparar o processo de incubação registado nas incubadoras, em termos agregados e por tipo de incubadora. A terceira, pretende averiguar como determinados fatores do contexto de incubação e redes influenciam o desempenho organizacional através da criação de valor empresarial em uma amostra de 106 incubadoras em atividade em Portugal no ano de 2017. No estudo de caso, dados primários foram coletados por meio de observação participante e focus group envolvendo a equipa de gestão do IPN. Entrevistas semiestruturadas foram realizadas com os fundadores de 10 empresas (4 incubadas, 3 em aceleração e 3 graduadas). Os resultados mostram um impacto positivo da incubação na internacionalização e crescimento de incubadas e empresas sob aceleração. No entanto, existe a necessidade de novos mecanismos de acompanhamento pós-incubação e um contexto que promova interações mais ricas com empresas graduadas. Conclui-se também que o IPN tem mais facilidade em estabelecer redes formais (em vez de redes informais). No estudo comparativo (2009 vs. 2017), os dados foram recolhidos por meio de questionário respondido em 2009 e 2017 pelos gestores das mesmas incubadoras (9 universitárias e 20 não universitárias). Os resultados sugerem uma melhoria do contexto e resultados de incubação em 2017 face a 2009, em termos agregados e por tipo de incubadora, com vantagem para as incubadoras universitárias. No entanto, há necessidade de uma maior atenção às políticas de saída e graduação, uma vez que os critérios de saída e os mecanismos de acompanhamento pós-incubação regrediram em 2017, denotando lacunas na atenção dada pelas incubadoras. No estudo seccional 2017, os dados foram recolhidos através de questionário. Os resultados sugerem que o número de redes internas informais é superior ao de redes internas formais no processo de incubação. Em termos de tipo e dimensão da incubadora, as evidências mostram que as incubadoras universitárias são mais ativas no desenvolvimento de redes quando comparadas com incubadoras não universitárias; relativamente à dimensão em termos de capital humano, as incubadoras com mais dotação de pessoal têm uma oferta de redes mais extensa. Por outro lado, as redes externas (tanto formais como informais) estão positivamente associadas ao processo de internacionalização das empresas incubadas, e as incubadoras universitárias apresentam melhores resultados. Relativamente às vendas das incubadas, apenas as redes externas formais têm impacto. Em contraste nenhum tipo de redes está relacionado com a reputação dessas empresas. As conclusões apuradas levaram à apresentação de recomendações à comunidade científica, a gestores de incubadoras e a decisores de políticas públicas.
- Incubadoras de empresas e modelos de incubação em Portugal: incubadoras regionais vs. universitáriasPublication . Caetano, Dinis Manuel Correia; Amaral, António Miguel Areias Dias; Matias, Maria Fernanda Ludovina InácioA incubação de empresas é um instrumento de promoção do empreendedorismo através da criação e desenvolvimento de empresas. Contudo, existe uma grande escassez de estudos em Portugal acerca das características, modelos de incubação e performance das incubadoras, bem como das infra-estruturas e serviços disponibilizados às empresas. Através de um estudo empírico, que envolveu a criação de uma base de dados primários, abrangendo 45 incubadoras em actividade em Portugal, em 2009, esta dissertação pretende contribuir para colmatar essa falta de conhecimento sobre as incubadoras portuguesas. Para tal, desenvolve-se uma caracterização geral da indústria e, mais especificamente, uma análise comparativa entre os dois principais tipos de incubadora em Portugal: “Regionais” e “Universitárias” (com base em duas amostras independentes compostas por 34 e 11 incubadoras, respectivamente). Os principais resultados obtidos mostram que as incubadoras regionais têm um papel importante ao nível da criação e sobrevivência de novas empresas durante a incubação, sugerindo um impacto quantitativo ao nível do empreendedorismo, diferente do impacto qualitativo promovido pelas incubadoras universitárias, traduzido essencialmente pela capacidade de garantir um melhor acompanhamento, um ambiente interno mais competitivo, mais criação de emprego e maior autonomia das empresas no mercado. Os resultados acerca das diferentes características e outputs das incubadoras regionais e universitárias contribuem potencialmente para a discussão ao nível académico, ao nível da gestão organizacional das próprias incubadoras e do apoio à formulação de políticas públicas direccionadas para tipos específicos de incubadoras.