Browsing by Author "Castro, Maria Lourdes Serje"
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- Práticas educativas e estilos parentais um estudo comparativo entre famílias em risco psicossocial e população geralPublication . Castro, Maria Lourdes Serje; Nunes, CristinaO objetivo do presente estudo foi explorar diferenças entre as estratégias educativas parentais das famílias em situação de risco psicossocial e das famílias da população geral, e examinar a sua relação com a qualidade de vida e bem-estar das crianças/adolescentes, e a saúde mental dos pais. A amostra utilizada foi composta por um total de 165 pais de pelo menos uma criança/adolescente com idade compreendida entre os 8 e os 18 anos, residentes no Algarve. A amostra incluía dois grupos, o primeiro constituído por pais de crianças/adolescentes sinalizados às Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJs) do Algarve (Grupo de Famílias em Risco - GFR); e o segundo constituído por pais de crianças/adolescentes da população geral (Grupo de Famílias da População Geral - GFPG). Os pais responderam ao Questionário de Estilos e Dimensões Parentais (QEDP) - Versão Reduzida, ao KIDSCREEN-27©; ao Questionário de Saúde Geral de 28 Itens (GHQ-28); e a um questionário sociodemográfico. Os resultados revelaram que, em média, os pais do GFR referem um uso mais frequente de práticas educativas parentais associadas ao estilo autoritário e ao estilo permissivo do que os pais do GFPG. As correlações indicaram que, nos dois grupos, quanto maior é o uso do estilo autoritativo, maior é a autonomia dos filhos e a sua relação com os pais, e quanto maior é o uso do estilo permissivo, menor é o bem-estar psicológico das crianças/adolescentes. No que concerne ao estilo autoritário, as correlações revelaram que o uso da coerção física, no GFR, se relaciona negativamente com o bem-estar psicológico das crianças/adolescentes, enquanto no GFPG, se relaciona positivamente. Por último, os resultados indicaram que, nos dois grupos, os problemas de saúde mental geral nos pais, podem favorecer o uso de práticas educativas e estilos parentais não autoritativos. Conclui-se que, nos dois grupos, fomentar o uso do estilo autoritativo pode aumentar o nível de qualidade de vida e bem-estar das crianças/adolescentes, produzindo um efeito protetor. Além disso, melhorar a saúde mental dos pais pode levar a melhorias nas práticas parentais e no ajustamento das crianças/adolescentes.