Browsing by Author "Correia, Carolina Maciel"
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- Fisiopatologia e farmacoterapia do melanomaPublication . Correia, Carolina Maciel; Conceição, Jaime Manuel Guedes Morais daO melanoma é uma neoplasia maligna que resulta da proliferação anormal dos melanócitos e está associado a diversas alterações moleculares, principalmente nas vias de sinalização MAPK e PI3K/AKT/mTOR, presentes na metastização tumoral. Clinicamente, o melanoma pode ser classificado em quatro subtipos principais, melanoma de extensão superficial, lentigo maligno, melanoma acrolentiginoso e melanoma nodular. Nas últimas décadas, verificou-se um aumento significativo na sua incidência, com uma triplicação dos casos entre 1975 e 2020. De entre os vários tipos de cancro da pele, o melanoma é o que possui menor número de casos, mas com maior número de mortes, sendo o mesmo responsável por 90% das mortes associadas ao cancro da pele. O tratamento do melanoma varia de acordo com o estádio e a localização do tumor, sendo a cirurgia a abordagem terapêutica mais comum. Nos últimos anos, o tratamento do melanoma evoluiu consideravelmente devido a uma melhoria ao nível da compreensão biológica acerca da patologia. No passado, o tratamento padrão para estádios avançados baseava-se essencialmente na quimioterapia, com o uso de dacarbazina, interleucina-2 em altas doses e interferões. Atualmente, novas terapias têm transformado o prognóstico dos doentes, nomeadamente a imunoterapia e a terapia-alvo. A imunoterapia, que inclui anticorpos monoclonais responsáveis pelo bloqueio de pontos de controlo imunológicos (checkpoints), como os anti-CTLA-4 (ipilimumab) e anti-PD-1/PDL-1 (pembrolizumab e nivolumab), tem demonstrado grande eficácia. Por outro lado, a terapia-alvo, através de inibidores de tirosina quinase BRAF e MEK (dabrafenib/trametinib, vemurafenib/cobimetinib e encorafenib/binimetinib), tem-se revelado eficaz, particularmente em doentes com mutações no gene BRAF, que ocorrem em 40 a 60% dos casos de melanoma, sendo a mutação BRAFV600E a mais comum, acometendo 90% destas. O farmacêutico, enquanto profissional de saúde e especialista em medicamentos, desempenha um papel crucial na otimização da farmacoterapia delineada, assim como na gestão e prevenção da doença, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos doentes.