Browsing by Author "Mateus, Rui"
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- Caracterização físico-química na época de maturação dos frutos de variedades tradicionais de macieira associadas à designação “pêro de Monchique”Publication . Mateus, Rui; Marreiros, António; Duarte, AmílcarNo Centro de Experimentação Agrária de Tavira (CEAT), da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAP Algarve) encontram-se 24 entradas da Colecção de Macieira desta instituição, recolhidas no Algarve e referidas como possíveis “peros de Monchique”. Este trabalho tem como principal objectivo contribuir para a sua caracterização. Na ausência de indicadores de época de maturação para estas entradas, a colheita foi efectuada quando se considerou que os frutos estavam maduros para consumo, quando as sementes se encontravam totalmente com coloração castanho escura, ou muito próximo disso. Foi efectuada a medição da cor da epiderme, utilizando o sistema L*, a*, b* e calculou-se o índice de cor. Determinou-se a firmeza da polpa por resistência à penetração, utilizando uma ponteira de 8 mm de diâmetro de acordo com os descritores para maçãs (Watkins & Smith, 1982). Em ambos os testes foram efectuadas duas leituras por fruto, nas zonas da face e cor de fundo. A percentagem de sólidos solúveis no sumo dos frutos obteve-se com refractómetro digital com escala 0 85%. Também foi realizado o teste colorimétrico do iodo (regressão do amido), sendo o índice determinado por comparação com uma carta de referência de 10 níveis. As variedades ‘Setúbal’, ‘Pêro Tomate’, ‘Malápio Carrascalinho’ e ‘Pêro da Minha Avó’ foram as únicas em que o valor da consistência da polpa foi inferior na face em relação à cor de fundo. A diferença do índice de cor entre a face e a cor de fundo foi reduzida em todas as variedades com a designação “Malápio” e também nas variedades ‘Bravo de Esmolfe’ e ‘Dona Emília’. No teste do iodo, nas entradas ‘Pêro de Mesa’, ‘Bravo de Esmolfe’, ‘Maria Gomes’, ‘Maria Gomes 2’ e ‘Malápio Bico de Pardal’ a transformação do amido em açúcares mais simples estava ainda atrasada. As variedades ‘José Luís’, ‘Sainho’ e ‘Malápio Pé de Porco’ apresentaram um peso médio inferior a 70 gramas.
- Identificação de variedades tradicionais de macieira associadas à designação “pêro de Monchique”Publication . Mateus, Rui; Duarte, Amílcar; Marreiros, AntónioA designação “pêro de Monchique” aparece por vezes como nome de variedade de macieira, mas nem sempre associada a frutos com as mesmas características. Importa assim esclarecer se aquilo que se designa por “pêro de Monchique” é uma variedade ou um conjunto de variedades, com determinadas características comuns. Este trabalho tem como principal objectivo contribuir para a caracterização de 26 entradas/acessos, da colecção de macieiras recolhidas no Algarve e referidas como possíveis “peros de Monchique”, que se encontram no Centro de Experimentação Agrária de Tavira (CEAT), da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAP Algarve), e clarificar quais dessas entradas correspondem a variedades que se possam integrar na designação “pêro de Monchique”. Foram organizadas duas acções de identificação em Monchique, onde foram expostos vários frutos de cada variedade. Numa pergunta sobre se esses frutos correspondiam a “peros de Monchique”, mais de 50% das respostas recaiu sobre seis das variedades com a designação “Malápio”. A variedade ‘Malápio Pé de Porco’ foi a mais identificada como “pêro de Monchique”. Variedades do Norte e Centro do país, como o ‘Bravo de Esmolfe’, o ‘Gigante Dóiro’ (corruptela de ‘Gigante do Douro’) e o ‘Espelho’ (sinonímia da variedade ‘Três ao Prato’), também foram identificadas como “peros de Monchique”. Relativamente à pergunta sobre o nome pelo qual conhecem a variedade, só houve três respostas em que o nome atribuído foi “pêro de Monchique”, referindo-se às variedades ‘Dona Emília’, ‘Malápio’ e ‘Saínho’. Pode considerar-se que variedades encontradas, até à data, apenas em Monchique, como é o caso do pêro ‘José Luís’, da ‘Dona Emília’ e da ‘Maria Gomes’, obtiveram confirmação do nome. As respostas obtidas sugerem que aquilo que se designa por “pêro de Monchique” poderá ser um conjunto de variedades, entre as quais, a maioria tem as características dos “Malápios”.