Browsing by Author "Sousa, Carlos Alberto Salvador de"
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- Nanomedicina: aplicação de anticorpos monoclonais em nanossistemas na terapêutica de cancro colorretalPublication . Sousa, Carlos Alberto Salvador de; Grenha, AnaO cancro colorretal (CCR) é um cancro que se desenvolve no intestino grosso, mais especificamente no cólon que é a parte mais comprida ou no reto, que é a parte final mais reta do intestino grosso. O CCR é o 3º cancro mais comum a seguir ao cancro da mama e da próstata, com uma taxa de incidência acima dos 30 casos por 100.000 habitantes em Portugal, afetando mais os homens do que as mulheres, tendo sido diagnosticados mais de 1,3 milhões de novos casos em 2012. O risco de desenvolver CCR é multifatorial, estando associado a fatores como o tabagismo, a obesidade, a inatividade física, o consumo elevado de carne vermelha, os fatores genéticos e sendo a idade o maior fator de risco. A quimioterapia convencional, muitas vezes não consegue eliminar subpopulações de células cancerígenas altamente agressivas e dotadas de resistência à quimioterapia, as quais possuem a capacidade de melhorar a heterogeneidade do tumor e desenvolver metástases. Uma das abordagens para contornar estes problemas é a utilização de anticorpos monoclonais, sendo que este conceito foi proposto por Paul Ehrlich há mais de um século. O desenvolvimento da tecnologia de hibridomas em 1975 permitiu a produção de anticorpos monoclonais. Juntamente com a sua especificidade para o alvo, sendo relativamente bem tolerados e apresentando uma semi-vida longa, contribuíram para o sucesso no desenvolvimento de medicamentos. Os anticorpos monoclonais melhoram significativamente o tratamento de uma variedade de doenças humanas. Os mecanismos de ação mais bem descritos de anticorpos monoclonais terapêuticos incluem citotoxicidade mediada por células dependente de anticorpos, citotoxicidade dependente do complemento, fagocitose celular dependente de anticorpos e indução da morte celular. De forma a melhorar a adesão à terapêutica e aumentar mais a especificidade é cada vez mais comum associar anticorpos monoclonais à nanomedicina. A nanomedicina tem vindo a desenvolver-se em grande escala nos últimos anos, nas áreas de terapêutica, diagnóstico e biossensores, agentes de imagem e monitorização e reparação e engenharia tecidular. As várias aplicações indicam, que a associação de anticorpos monoclonais à nanotecnologia melhora significativamente os resultados terapêuticos, pois os anticorpos têm elevada especificidade com efeitos secundários mais reduzidos e são o foco de muitos trabalhos de investigação em doenças que necessitam de tratamento clínico ou cirúrgico intensivo. O objetivo desta monografia é explorar a utilização de anticorpos monoclonais em nanotecnologia no tratamento do cancro colorretal, abordando-se os diferentes nanossistemas existentes e as suas potenciais vantagens, como forma de aumentar a especificidade para o CCR.