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- (N)um lugar ao sol: contributos do turismo para as dinâmicas criativas e para a atração da classe criativa no AlgarvePublication . Cruz, Ana Rita Pereira Marques da; Costa, Pedro Miguel Alves Felício Seco da; Marques, João FilipeOs destinos turísticos ficam frequentemente reféns do seu próprio sucesso. Apesar dos efeitos positivos do turismo, produtos turísticos dominantes tornam-se muitas vezes demasiado importantes para as economias regionais e promovem uma especialização excessiva, concentrando recursos financeiros e humanos num número limitado de atividades. Este foi o caso de várias regiões na Europa e é uma situação que caracteriza o Algarve (Portugal). Esta região beneficiou do desenvolvimento do turismo nas últimas décadas, muito para além da mera dimensão económica - em termos de abertura, tolerância e cosmopolitismo - mas não conseguiu evitar uma concentração exagerada em torno do produto “sol e praia”. Partindo da necessidade de diversificar os produtos turísticos, melhorar as economias regionais e gerar emprego qualificado, esta investigação procura perceber em que medida destinos turísticos têm capacidade de atrair e reter a “classe criativa” operando desta forma a necessária transformação das suas economias. O principal corolário do estudo da “classe criativa” é que atualmente a decisão da localização de indivíduos com ocupações científicas, técnicas, culturais e artísticas não se limita à presença de fatores hard, como a existência de oportunidades de trabalho, mas é baseada em fatores soft, como a qualidade do lugar, a sua vitalidade social e a tolerância à diferença. Devido ao facto dos recursos turísticos serem valorizados tanto por turistas como por residentes, esta investigação explora as possibilidades do turismo funcionar como um fator de atração e de retenção para a classe criativa. Partindo da literatura sobre a “classe criativa”, desenvolvimento regional e turismo esta investigação está organizada em quatro estudos que constituem as suas principais contribuições empíricas. Em primeiro lugar, são usados micro-dados oficiais do Emprego para medir a “economia criativa” e a classe criativa em Portugal e nas suas regiões. Também é dada atenção à formulação de políticas neste domínio, em particular no Algarve. Em segundo lugar, para contribuir para a compreensão do estudo de caso do Algarve, exploram-se três casos adicionais de destinos turísticos europeus que desenvolveram um território criativo: Málaga (Espanha), Graz (Áustria) e Cardiff (Reino Unido). Uma terceira componente de investigação centra-se na articulação entre o turismo, atividades científicas e culturais e criativas no Algarve através da utilização da análise estrutural de redes. Os atores identificados como centrais foram entrevistados para esclarecer a sua visão sobre o potencial da economia criativa na região. Finalmente, a investigação concentra-se nos membros da “classe criativa”. Entrevistas em profundidade com enfoque biográfico foram realizadas a membros dos diferentes subgrupos da classe criativa: núcleo criativo, profissionais criativos, profissionais das artes e da cultura, para entender as motivações para viver no Algarve. Nesta região, o turismo é um importante facilitador da atração classe criativa, na medida em que contribui para o desenvolvimento de fatores soft como o maior grau de tolerância e qualidade de vida. Fatores hard, tais como a existência de emprego a nível local, continuam a ser fundamentais para a retenção da “classe criativa”. A “classe criativa” é crucial para instigar uma nova dinâmica regional positiva, para um turismo criativo e para quebrar as dependências de trajetória existentes.
- O livro – um recurso transversalPublication . Fernandes, Joana Filipa Eugénio; Fonseca, OlgaO presente relatório de investigação tem como finalidade a obtenção do grau de mestre em educação pré-escolar. Aqui, é relatado um trabalho desenvolvido com crianças em idade pré-escolar; o texto é constituído por várias partes, nomeadamente o Enquadramento Teórico-Conceptual, onde foi feita uma pesquisa sobre o tema a ser trabalhado, a Metodologia utilizada, a Análise e Interpretação dos Dados, e, por fim, as Conclusões e Reflexões Finais. O tema escolhido foi o livro, enquanto recurso transversal, pois este sempre foi um tema que me despertou particular interesse. Este trabalho procurou aprofundar conhecimentos por forma a obter resposta à Questão Orientadora do Estudo, “Consigo utilizar e rentabilizar o livro como suporte transversal na transmissão dos vários saberes?”, assim como a alcançar os Objetivos do Estudo propostos, “Compreender a literatura para a infância e a sua importância enquanto recurso transversal, na educação pré-escolar; partir de uma narrativa para a implementação de atividades no âmbito de outras áreas/domínios; promover aprendizagens através de um livro e das atividades ligadas a este”. A metodologia utilizada foi a Investigação-Ação. A partir da leitura mediada da história Elmer e o ursinho perdido, de David McKee, foram implementadas 10 atividades, enquadradas nas várias Áreas de Conteúdo referidas pelas Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, com um grupo de crianças de 3 anos de idade, e que passo a apresentar: a leitura mediada da história; o reconto oral do livro, feito pelo grupo; o diálogo sobre os medos, estratégias para os ultrapassar e desenhos dos medos; a visita do Elmer à sala de atividades e construção da caixa dos medos; a dança dos medos; a apresentação da música “Rua das Formas”; uma produção livre com figuras geométricas; a construção de figuras geométricas com recurso a uma corda; a decoração da casinha; e, por fim, a atividade “vamos encontrar o ursinho perdido”. De todos as atividades, foi o trabalho sobre o medo, que acabou por se destacar devido ao interesse e identificação do grupo com esse tema. Foram desenvolvidas algumas atividades no âmbito desta temática, tendo em vista ajudar a criança a lidar com essa emoção e encontrar estratégias para tal. Ainda que este tema se tenha destacado, todos os outros objetivos foram igualmente atingidos.