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- Novas abordagens terapêuticas para o tratamento da Artrite ReumatóidePublication . Batista, Inês Filipa Santos; Serralheiro, Ana Isabel AzevedoA Artrite Reumatóide (AR) é uma doença inflamatória, crónica e sistémica de natureza autoimune caraterizada por infiltração celular, hiperplasia sinovial e destruição da cartilagem articular progressiva, afetando principalmente as articulações das mãos, punhos e joelhos. Até à data, a sua fisiopatologia e etiologia permanecem desconhecidas, constituindo um obstáculo à sua prevenção e tratamento. Durante as últimas décadas, a prevalência da AR tem vindo a aumentar, nomeadamente nos países mais desenvolvidos, sobretudo em mulheres com mais de 50 anos. Ainda não existe uma cura e por isso o tratamento desta patologia centra-se no aumento de qualidade de vida e redução da sintomatologia e no alcance da remissão. O aparecimento dos fármacos modificadores da doença revolucionou o tratamento da AR, no entanto, é necessário a utilização de anti-inflamatórios não-esteroides e corticosteroides como terapia adjuvante, de forma a diminuir o estado de inflamação e dor, presente no quadro clínico dos doentes. No entanto, as atuais terapêuticas convencionais e biológicas modificadoras da doença por vezes falham ou produzem apenas respostas parciais e estão associadas ao desenvolvimento de efeitos secundários indesejáveis, sendo que o alcance da remissão não é uma realidade na maioria dos casos. Neste sentido, é necessário desenvolver novas estratégias para os doentes que são refratários às terapêuticas existentes. Face ao exposto, esta dissertação irá consistir numa revisão bibliográfica da abordagem farmacológica da AR com enfoque nos avanços terapêuticos recentemente desenvolvidos na área. Destacando a utilização de células estaminais mesenquimais, alvos epigenéticos, inibidores do estimulador de colónias de macrófagos granulócitos, inibidores da via da quinase do 3-fosfatidilinositol, inibidores da tirosina quinase de Bruton e a utilização de sistemas de nanopartículas na administração de fármacos. Adicionalmente, o farmacêutico tem um papel fundamental na gestão e acompanhamento da doença, devendo focar-se na educação do doente e na resposta às suas necessidades.