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MESTRADO EM AQUACULTURA

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Efeito de diferentes regimes alimentares no estado de condição de larvas de Solea senegalensis (Kaup, 1858)
Publication . Magalhães, Nuno Miguel; Dinis, Maria Teresa
O linguado (Solea senegalensis) é tuna espécie marinha de elevado valor comercial que nos últimos anos tem sido objecto de estudos cientificos. No entanto, a caracterização da dieta das larvas com vista à optimização do seu plano alimentar ainda está por realizar. Este estudo tem como objectivo principal verificar se a presença de rotíferos é realmente necessária nas fases iniciais da alimentação exógena de Solea senegalensis. Para verificar a condição das larvas utilizararn-se indices bioquirnicos, como a razão ARN/ADN e a razão ARN/proteinas, além do comprimento. Realizararn-se também experiências de privação de alimento, para averiguar o seu efeito no desenvolvimento larvar e qual o nivel rninimo da razão ARN/ADN. A A experiência realizou-se em duas fases, em que se testaram três regimes alimentares: jejum (regime J); rotíferos como alimento inicial (regime R); nauplii de artémia como alimento inicial (regime A). Para o crescimento em comprimento, mediram-se 10 larvas de cada tanque. As amostras destinadas ao processamento da proteina e ácidos nucleicos foram congeladas em azoto liquido imediatamente após a recolha e conservadas a -80 °C. O teor proteico foi deterrninado pelo método de Lowry e a extracção e quantificação dos ácidos nucleicos foi efectuada pelo método de Schmidt & Tharmhauser, modificado por Munro & Fleck. As amostras foram recolhidas diariamente até ao 6° dia, de dois em dois dias entre o 6° e o 12° dia e cada três dias do 12° dia ao final da experiência. As larvas não recuperararn de mn periodo de jejurn de dois dias após o esgotamento das reservas vitelinas, morrendo de inanição ao fim de oito dias após a eclosão (ARN/ADN=1,1), tal como as larvas sujeitas a jejum total (ARN/ADN=0,9). Solea senegalensis parece apresentar dois períodos críticos no seu desenvolvimento larvar: o primeiro verifica-se após o esgotarnento das reservas vitelinas, durante a adaptação à alimentação exógena e o segundo dá-se na mudança da fase larvar (planctónica) para a fase juvenil (bentónica). No final da 1° fase da experiência, as larvas do regime A mediarn 7,28 1: 0,20 mm, enquanto as do regime R mediarn 7,02 :|: 0,08 mrn. No fim da 2" fase da experiência as larvas do regime A mediarn 4,70 :t 0,09 rnrn e as do regime R mediam 4,53 :t 0,16 mrn. Os resultados deste estudo revelam claramente que os indices bioquimicos, especialmente a razão ARN/ADN e o teor em proteina, são bons indicadores do estado nutricional das larvas de S. senegaiensis. Não se observaram diferenças significativas entre o estado de condição das larvas sujeitas aos regimes A e R, pelo que parece possivel retirar os rotíferos do plano alimentar de Solea senegalensis sem afectar a produção larvar.

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Fundação para a Ciência e a Tecnologia

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Funding Award Number

PRAXIS XXI/BM/1172/94

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