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É cada vez mais óbvio que os processos de neolitização de Portugal e do norte de África estão estreitamente relacionados. De um modo geral, ambas as regiões se integram na expansão do modo de vida neolítico, de oriente para ocidente, que ocorreu durante o VI milénio cal BC (Zilhão, 2001; Manen et al., 2007). Ambas eram povoadas por caçadores - recolectores em época pré-neolítica e o conhecimento, tanto das respectivas distribuições espaciais e temporais, como dos restantes aspectos arqueológicos, tem crescido notavelmente
na última década. O quão importante terá sido o seu impacte na formação dos respectivos neolíticos é que é ainda objecto de debate. Em Portugal, parece provável um declínio da população mesolítica, apesar da permanência de alguns grupos, por exemplo em Muge, já durante o período neolítico (Carvalho, no prelo). O conhecimento deste processo no lado africano é ainda limitado, mas sítios como Hassi Ouenzga, no leste de Marrocos, mostram uma continuidade das sociedades epipaleolíticas com sucessivas adopções das inovações neolíticas (Linstädter, 2008). Uma segunda característica partilhada é o modo em como se instalam grupos plenamente neolíticos nas regiões consideradas.
