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Abstract(s)
A construção com terra, ao permitir despertar conhecimentos ancestrais vernaculares e ao aperfeiçoá-los com tecnologias actuais, possibilita uma construção ecologicamente mais sustentável, respeitadora dos valores sócio-culturais e com uma dimensão verdadeiramente humana.
A cal, cuja compatibilidade com a terra é absoluta, utilizada em revestimentos e criando superfícies arquitectónicas belíssimas, possibilita ainda, uma estabilização da própria terra enquanto material construtivo, podendo conferir-lhe uma optimização de desempenho.
Por razões essencialmente ideológicas, quer a construção em terra crua, quer os revestimentos de cal, deixaram de ser uma prática corrente passando esses materiais a ser considerados “pobres”, “fracos” e “sujos”, inerentes ao sub-desenvolvimento e, devido à ausência de caracterização científica e experimentação tecnológica, o seu conhecimento empírico foi desaparecendo.
É contra o esquecimento e a diabolização com que ambas foram presenteadas, que é urgente evidenciar as suas efectivas potencialidades, não só em intervenções no património edificado, mas também como opção em construções novas, como eventual alternativa à insustentabilidade da construção contemporânea. Altamente poluidora, com elevada produção de gases com efeito de estufa, com grande geração de entulhos e com comportamento termo-higrométrico extremamente deficiente.
Nesta comunicação apresentam-se os primeiros resultados de um estudo experimental em que, tomando como ponto de partida, estes materiais de construção milenares, se busca a optimização do seu comportamento através da adição de outros produtos. Ensaios granulométricos, minerais argilosos por difracção de raios X, resistência à compressão, à flexotracção e ao corte. Simulação estrutural.
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Keywords
Terra crua Cal Materiais alternativos