Browsing by Author "Campos, Isabel Martins Domingos"
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- Como se processa e fomenta motivacionalmente o envolvimento dos docentes na formação contínua?Publication . Campos, Isabel Martins Domingos; Martins, Cátia; Jesus, Maria Eugénia Baptista deEste estudo pretende explorar o processo motivacional e respetivo envolvimento dos docentes no(s) seu(s) percurso de formação contínua. Considerando a importância gradual que a Teoria da Autodeterminação tem vindo a ter no campo da educação, nome-adamente em processos subjacentes aos docentes, os construtos centrais, neste domínio, serão a promoção ou suporte à autonomia, a satisfação das necessidades psicológicas bá-sicas, a autorregulação e as aspirações na frequência e envolvimento na formação contí-nua. Pretende-se, assim, promover a análise e compreensão destes fatores (i.e., satisfação das necessidades psicológicas básicas, aspirações e autorregulação motivacional) ao nível da formação contínua em docentes da região do Algarve. O trabalho foi desenvolvido atendendo a dois estudos interrelacionados, com di-ferentes tipos de investigação: 1) estudo por questionário, dirigido a docentes, para carac-terização individual e profissional, bem como com avaliação dos domínios em estudo (i.e., motivação e aspirações); e 2) grupo focal com grupo especializado, composto por diretores dos diferentes Centros de Formação do Algarve, por forma a sistematizar e re-fletir em torno do envolvimento e satisfação dos docentes. Participaram neste estudo 271 docentes (estudo I) a exercer no Algarve, sendo 55 do sexo masculino e 216 do sexo feminino, com idades entre os 24 e os 67 anos, agregados aos Centros de Formação do Algarve, seguindo-se (estudo II) de uma amostra de 5 parti-cipantes (1 de cada Centro de Formação do Algarve), a orientadora e a coorientadora. O estudo refere que são as mulheres quem se perceciona como mais competentes e com um maior relacionamento entre pares. Enquanto a idade, o reconhecimento profis-sional, as regulações intrínsecas e identificada se destacam como preditores mais negati-vos. Assim, aponta para um envolvimento motivacional dos docentes no seu processo de formação contínua e varia em função do contexto, das Necessidades Psicológicas Básicas e dos estilos regulatórios de cada indivíduo.
- Normas sociomatemáticas na sala de aula do 1º Ciclo do Ensino BásicoPublication . Campos, Isabel Martins Domingos; Guerreiro, AntónioA presente investigação pretende contribuir para uma melhor compreensão da utilização de normas sociomatemáticas quando os alunos desenvolvem tarefas matemáticas, bem como as interações matemáticas que se estabelecem durante a comunicação das tarefas entre grupo de trabalho e grupo turma. A investigação é um processo privilegiado de construção do conhecimento e quando incide sobre a prática é, consequentemente, um processo fundamental de construção do conhecimento sobre essa prática e uma atividade de grande valor para o desenvolvimento profissional dos professores que nela se envolvem ativamente. A experiência profissional do professor, tendo por base toda a interação social e dinâmica de sala de aula, é a fundamentação teórica de todo o estudo desenvolvido. Este foi realizado numa escola do 1º ciclo do ensino básico de Faro com vinte e seis alunos do quarto ano de escolaridade. Em termos metodológicos, o estudo insere-se no paradigma interpretativo que aceita a existência de diversas formas legítimas de conhecer o mundo e segue o design de estudo de caso. Visando aprofundar a utilização de normas sociomatemáticas na aula de matemática, constituíram-se seis grupos de trabalho e analisaram-se, através da observação, das diferentes interações dos alunos durante as suas comunicações. Os resultados mostram que as normas sociomatemáticas colocam a ênfase na expressão audível, na escuta atenta, na partilha de ideias, na manifestação dos alunos de desacordos e na explicação e justificação de contribuições. Atributos do processo de negociação, que parecem ser significativos para ajudar os alunos a apropriarem-se destas normas, são a importância da sistematização e persistência dos alunos intervenientes; e alguma pertinência na negociação contextualizada. Estes atributos remetem para a necessidade de, no processo de negociação, existir uma forte e sistemática consistência entre o que explicitamente se diz e as mensagens que implicitamente se veiculam através do modo como se age.
