Browsing by Author "Lissy, Nicole"
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- "Self is a Process" (C.G. Jung) O processo de criação enquanto constituição de subjetividade na relação com os outrosPublication . Lissy, Nicole; Tavares, Mirian; Salles, CecíliaO foco do meu trabalho é a análise de um projeto de autoria, contextualizado na afinidade de outros projetos artísticos, com o objetivo de contribuir para o debate académico sobre processos de criação, na perspetiva de criar o começo de uma investigação multidisciplinar que contribua para uma nova reflexão, tanto no pensamento artístico, como no pedagógico. As investigações existentes deixam clara a natureza complexa desta reflexão, e a presente dissertação pretende contribuir para as recentes discussões, tendo consciência que sempre será apenas um primeiro passo para a construção de eventuais futuras investigações. Tal como em processo criativo, este processo de investigação nunca apresentará um resultado acabado, mas um resultado que poderá ser o início ou uma continuação de um caminho de investigação teórico-prática multidisciplinar. Utilizo perspetivas teóricas encontradas na semiótica e na constituição de subjetividade na relação com o outro para tratar o processo de criação como fenómeno imerso nas relações e interações de um sujeito em comunidade. A ação artística torna-se presença em diferentes contextos espaço-temporais e materializa-se em forma de desenho, enquanto dispositivo para arquivo de memória de encontros entre sujeitos. Privilegia-se uma abordagem interdisciplinar, que concilia conhecimento académico e práticas artísticas, explorando as interações como não-lineares e geradoras de impulsos criativos. O presente trabalho sugere possíveis caminhos para uma reflexão sobre o retrato enquanto desenho abstrato e arquivo de memória de momentos de interação que possam formar um ponto de partida para uma reflexão sobre a ideia de processo de criação e a implicação que esta ideia tem no desenvolvimento psicológico do indivíduo (criativo) em comunidade. Encontro na crítica dos processos de criação o suporte necessário e recorro a literatura de C.G. Jung e Garald Hüther para compreender melhor o processo de criação enquanto desenvolvimento psicológico na interação com outros, e enquanto constituição da subjetividade. Apresento aqui uma tentativa de deixar um impulso para uma reflexão mais profunda nas consequências que estas ideias possam ter no nosso pensar artístico e pedagógico