Browsing by Author "Machado, Deyvid Pereira"
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- Conceção de um projeto para a implementação da Filial / Sucursal da M. Calixto em PortugalPublication . Machado, Deyvid Pereira; Martins, Ana IsabelO mercado das rochas ornamentais e de revestimento apresenta notável dinamismo no comércio, de acordo com as evidências evolutivas da produção mundial de 1,5 milhão t/ano, na década de 20, para o patamar atual na ordem de 50 milhões t/ano, proporcionado tanto por novos tipos de utilização deste material na paisagem urbana, quanto em função dos avanços tecnológicos que permitiram o aproveitamento e difusão de diversas rochas anteriormente não comercializadas. O setor das rochas ornamentais foi, nos últimos 50 anos, impulsionado por uma crescente procura de material processado para revestimento e o seu consumo tem sido progressivamente acentuado, resultando, no final da década de 80, num boom deste setor, sendo inclusive este período denominado como a “nova idade da pedra” (Matta, 2003). Considerando o período mais recente, no início deste século, o crescimento económico dos países asiáticos, liderado pela economia chinesa e dos Estados Unidos, gerou uma transformação no mercado mineral mundial, com uma significativa expansão da procura, acompanhada de uma forte elevação dos preços das commodities minerais (Vale, 2007; citado por Cabral Júnior, 2008). O comércio internacional do setor de rochas ornamentais e de revestimento, observando as principais commodities, criou um fluxo comercial total de 20,24 bilhões de dólares em 2015, o equiparado a um volume físico de 59,6 milhões de toneladas. Neste contexto, o Brasil é, atualmente, o quinto maior exportador mundial no setor de rochas ornamentais e de revestimento em termos de volume físico. O país dispõe ainda de capacidade para melhorar a sua posição considerando que a geologia do Brasil favoreceu a formação de jazidas de rochas ornamentais, evidenciando uma rica diversidade de tipos litológicos e de variação cromática, composta também de formações raras e de valorizada cotação comercial (Vidal, 2002). Este resultado está interligado às respostas da procura do mercado norte americano por produtos que apresentam maior valor agregado. O contributo do Brasil para estes resultados foi de 1,21 bilhões de dólares, tornando–se o quinto maior market share mundial, correspondente a 6%, atrás somente da China, Itália, Turquia e Índia. O Brasil obteve aumento no valor unitário médio de suas exportações, subindo de 501,3 dólares por tonelada em 2014, para 520,4 em 2015, valor este consideravelmente superior à média mundial de 339,54. Os 10 principais países exportadores do setor de rochas ornamentais, nomeadamente a China, Itália, Turquia, Índia, Brasil, Espanha, Portugal, Grécia, Egito e Bélgica, responderam a cerca de 85% do fluxo comercial mundial em 2015. Os 9 principais mercados importadores, Estados Unidos, China, Coreia do Sul, Japão, Alemanha, Reino Unido, Índia, Itália, França e Arábia Saudita, absorveram 62,4% do total mundial. Estes resultados revelam a existência de uma concentração do comércio exterior em reduzidos mercados tanto para o fluxo de exportação, como de importação. O comércio internacional de rochas ornamentais e de revestimento é promissor, pois num cenário futuro, estima-se para o ano de 2025, uma produção anual superior a 400 milhões de toneladas, o que representaria cerca de 5 bilhões de metros quadrados por ano, valor cinco vezes superior aos registados nas atuais transações internacionais de rochas ornamentais e de revestimento (Chiodi Filho & Chiodi, 2009). Estas previsões estão ligadas ao estudo do setor nos Estados Unidos, o principal mercado importador mundial de rochas processadas, para o qual é previsto um aceleramento do setor de construção civil nos próximos cinco anos (Timetric, 2015). No Brasil o mercado de rochas ornamentas já atingiu o seu estado de maturação, fazendo com que as pedras sejam praticamente tratadas como commodity. Assim, esse trabalho tem como premissa estudar a viabilidade económica e financeira para que a empresa em questão possa expandir os seus negócios a partir de Portugal e consequentemente atender ao mercado europeu que, de acordo com os dados apresentados ao longo desse estudo, tem um potencial de crescimento agressivo para um novo player de mercado. Portugal faz parte da estratégia de crescimento desta empresa, pela proximidade dos povos e também pela língua, uma vez que há laços históricos e culturais, o que permite a esperança em desenvolver um bom trabalho em território português. Para comunidade académica, fica um registo de um estudo de caso amparado na metodologia disseminada ao longo do programa de mestrado, bem como objeto de estudo de alunos futuros. A concretizar este projeto, espera-se a promoção do comércio bilateral entre as nações, gerando aos portugueses o benefício de novos postos de trabalho, direto e indireto. Relativamente ao povo brasileiro, a realização de um novo cenário de crescimento, com a expansão internacional, tendo seu escritório em Portugal, mas sem deixar de olhar para os demais países da zona do euro.