Browsing by Author "Pina, Maria Alice Mendes de"
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- Melhoramento da microalga Nannochloropsis oceanica para produção de compostos de valor acrescentadoPublication . Pina, Maria Alice Mendes de; Varela, João Carlos Serafim; Schüler, Lisa MaylinNas últimas décadas, tem-se assistido, da parte da comunidade científica, a um interesse acrescido no melhoramento da capacidade de produção das microalgas e da extração de compostos com valor acrescido, tendo em vista aplicações no campo farmacêutico e alimentar. Este trabalho centrou-se na obtenção de novas estirpes mutantes de Nannochloropsis oceanica com uma melhorada capacidade para a produção do ácido eicosapentenóico (EPA), um ácido gordo polinsaturado ómega-3 . Para este efeito, são utilizadas habitualmente duas estratégias: fisiológicas ou genéticas. A primeira, utiliza a manipulação dos fatores abióticos, enquanto que na segunda, utiliza-se a mutagénese aleatória, em combinação com inibidores de vias metabólicas (por exemplo, nicotina), para se obterem estirpes mutantes de alto desempenho e capacidade de produção de carotenoides. Neste trabalho, pretendeu-se determinar o melhor meio de cultura e a melhor combinação de fatores abióticos de forma a potenciar um aumento na produtividade de EPA e carotenoides da microalga Nannochloropsis oceanica. Neste trabalho conclui-se que o meio a utilizar como meio de inoculação foi o Meio Algal Modificado (MAM) em relação ao qual a N. oceanica apresentou uma taxa de crescimento de 4,24 células.d-1. Seguidamente, sujeitou-se esta microalga a várias condições de stress abióticos (diferentes concentrações de nutrientes, várias intensidades luminosas e temperaturas). Verificou-se que a espécie N. oceanica exibe uma elevada produtividade para o ácido eicosapentenóico (EPA) quando cultivada a 10x MAM, alcançando 9,43 mg EPA .L-1.d-1, sujeita a uma alta intensidade luminosa foi produzido 9,40 mg EPA .L-1.d-1 e com uma temperatura de 22ºC uma concentração de EPA de 7,36 mg..L-1.d-1. Em relação à produção de carotenoides, o comportamento é inverso, tendose verificado que elevadas intensidades luminosas resultam numa baixa produtividade de EPA. Relativamente à obtenção de mutantes, recorreu-se ao processo de mutagénese aleatória (MA) com metanossulfonato de etilo (EMS) a várias concentrações. Obteve-se crescimento em placa apenas quando utilizada a menor concentração de EMS (250 Mm) com a nicotina como agente inibidor de vias metabólicas. Conclui-se que a para a produção de EPA as melhores condições de cultivo microalgal são uma elevada intensidade luminosa (110 μmol.m2. s-1 ), 22ºC de temperatura com 10x meio MAM. Em relação à produção de carotenoides os melhores resultados foram alcançados com uma intensidade luminosa de 50 μmol.m2. s-1 , 30ºC de temperatura e com 10x meio MAM. Conclui-se ainda que concentrações superiores a 250 μM de EMS são letais para N. oceanica