Browsing by Author "Salvador, Rute Maria Silva"
Now showing 1 - 1 of 1
Results Per Page
Sort Options
- Utilização de imunohistoquímica para avaliação da densidade linfática no mesentério de adenocarcinomas do cólonPublication . Salvador, Rute Maria Silva; Braga, Sofia; Maia, Ana TeresaIntrodução: O cancro colorretal apresenta-se como uma das neoplasias mais comuns nos países desenvolvidos. A sua capacidade de metastização ocorre por recurso a vasos sanguíneos e/ou linfáticos. Nas últimas décadas a importância da linfangiogénese no cancro tem sido discutida sendo que, desde que a técnica cirúrgica para a excisão total do mesorreto (ETM) demonstrou efeitos positivos nas recidivas locais do cancro do reto e, mais tarde, com a proposta da implementação da técnica cirúrgica da excisão completa do mesocólon (CME) para o cancro do cólon, a importância da manutenção da integridade do mesocólon e consequente rede linfática tem-se mantido em acesso debate. Até ao momento ainda não se conseguiu entender o verdadeiro benefício da manutenção da integridade da rede linfática e, como tal, a implementação rotineira da CME ainda não ocorreu. Objetivo: Determinar, em doentes com adenocarcinoma do cólon, a densidade linfática mesentérica em regiões peritumorais e em regiões distais ao tumor e correlacionar a densidade linfática mesentérica com diferentes características clínico-patológicas e clínico-histológicas. Métodos: Participaram neste estudo 49 doentes com adenocarcinoma do cólon de estadios T2 e T3. A avaliação da densidade linfática mesentérica foi realizada por imunohistoquímica com recurso ao anticorpo monoclonal D2-40 da podoplanina. Avaliou-se ainda a influência que diversas características clínico-patológicas e clínico-histológicas poderiam ter na densidade linfática mesentérica com recurso ao programa estatístico IBM SPSS. Resultados: Verificou-se maiores densidades linfáticas na região peritumoral comparativamente às regiões distais ao tumor. A densidade linfática peritumoral não se relacionou positivamente com nenhuma das características clínico-patológicas e clínico-histológicas analisadas, no entanto, a densidade linfática distal ao tumor demonstrou significância estatística na relação com o índice de massa corporal, o número de gânglios positivos isolados, a profundidade de invasão do tumor e o envolvimento ganglionar. Conclusão: O papel biológico dos vasos linfáticos na progressão tumoral continua controverso. Apenas se conseguiu correlacionar a densidade linfática com parâmetros clínico-patológicos e clínico-histológicos em regiões distais ao tumor o que reflete a importância de uma técnica cirúrgica bem executada. Continuam a ser necessários mais estudos para a compreensão do papel da linfangiogénese na disseminação tumoral.
