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- Défices cognitivos em pacientes com depressão unipolar: Influência das variáveis idade, género e história anterior de tentativas de suicídioPublication . Moniz, Emanuel Marco Fernandes; Jesus, SaulA depressão afeta mundialmente cerca de 350 milhões de pessoas, sendo considerada a principal causa de incapacidade a nível mundial, comprometendo seriamente a qualidade de vida, apresentado este estado afetivo um elevado risco de suicídio para estes doentes. No que se refere ao suicídio, o mesmo pode ser considerado um fenómeno global e um grave problema de saúde pública, responsável por mais de 800 mil mortes anualmente. Défices nas funções executivas, na memória e na velocidade motora são comuns na depressão e ainda mais exacerbados em indivíduos depressivos suicidas. Torna-se, por isso, essencial generalizar o recurso a meios complementares de diagnóstico, como os testes neuropsicológicos que medem a capacidade de decisão, de mudança de foco de atenção, de planeamento, de inibição de resposta e o controlo inibitório, entre outros, que, para além de fornecerem informações importantes para um correto diagnóstico e tratamento da depressão, propiciam estudar as dinâmicas subjacentes aos comportamentos suicidas, com vista a encontrar marcadores cognitivos que permitam identificar casos de maior risco visando o seu controlo e prevenção. Em Portugal, o recurso a medidas neuropsicológicas ainda não se encontra generalizado, por isso, um dos objetivos deste trabalho passou por validar um conjunto de testes computorizados de um software de livre acesso da Psychology Experiment Building Language (PEBL) junto da população portuguesa – a saber, Finger Tapping Task, Wisconsin Card Sorting Test, Torre de Londres, Iowa Gambling Task, Victoria Stroop Task e Go/No-go –, procurando simultaneamente estudar amostras de depressivos unipolares não-psicóticos. Outro objetivo consistiu em aplicar esses testes em pacientes suicidas com igual diagnóstico, procurando encontrar marcadores cognitivos que os diferenciassem de depressivos não suicidas, tendo-se corroborado a existência de défices nas amostras depressivas, com uma alteração significativa da inibição de resposta nos sujeitos suicidas face aos não suicidas e face aos controlo saudáveis.
- Perímetro e área de figuras planas no 2.º ciclo do ensino básicoPublication . Pereira, Marta Cristina Varela; Guerreiro, António; Costa, Cristolinda Maria Santos AlmeidaO presente relatório assume-se como um processo de reflexão e introspeção crítica, consciente e pessoal de todo um percurso profissional que tem vindo a ser vivenciado e desenvolvido enquanto docente. Apresentando como tema Perímetro e Área de Figuras Planas no 2.º Ciclo do Ensino Básico, incluí também uma secção de natureza investigativa nascida da necessidade de responder de uma forma fundamentada a questões relacionadas com os processos de ensino e de aprendizagem destas duas grandezas. Para o efeito, aplicaram-se instrumentos metodológicos relacionados com uma metodologia de cariz, simultaneamente, quantitativo e qualitativo (questionário e entrevista semiestruturada) a uma turma do 6.º ano de escolaridade, no intuito de conhecer e caracterizar as aprendizagens matemáticas mobilizadas pelos alunos na resolução de tarefas e problemas relacionados com a determinação das grandezas supracitadas. Mais concretamente, visou-se a recolha de evidências ao nível das (i) dificuldades apresentadas na determinação do perímetro e da área de figuras planas; (ii) conceções referentes ao cálculo do perímetro e da área de figuras planas e (iii) identificação das estratégias mobilizadas pelos alunos. Os resultados obtidos colocam em evidência dificuldades e/ou limitações ao nível da distinção entre o perímetro e a área; associação da unidade de medida à grandeza; cálculo do resultado de operações aritméticas; dificuldades inerentes à compreensão de enunciados e/ou ausência dos conhecimentos relativos à determinação das grandezas.