Browsing by Issue Date, starting with "2017-05-30"
Now showing 1 - 2 of 2
Results Per Page
Sort Options
- Estilos, práticas parentais e perceção das capacidades e dificuldades dos filhos: um estudo exploratório na população geralPublication . Gomes, Sandra Oliveira; Nunes, CristinaOs estilos, as práticas parentais e as suas relações com o ajustamento psicossocial das crianças têm sido amplamente estudadas para compreender o impacto da relação pais-filhos no seu desenvolvimento. O objetivo da presente investigação foi estudar os estilos e práticas parentais e como estes se relacionam com a perceção das capacidades e dificuldades dos filhos, tendo em consideração diversas variáveis. No estudo participaram 152 pais e mães (80 mães e 72 pais) que completaram vários questionários: um sobre os estilos e dimensões parentais, outro sobre as capacidades e dificuldades dos filhos e um questionário sobre os dados sociodemográficos. Os resultados obtidos na presente investigação mostraram que o estilo firme foi o mais usado, tanto pelas mães como pelos pais, e que os estilos parentais usados variaram consoante o nível de escolaridade dos pais (pais com nível de escolaridade superior tendiam a usar mais o estilo firme) e a idade dos filhos (o estilo autoritário é mais usado nos filhos mais novos). Em relação às dificuldades e capacidades dos filhos, encontrámos que os pais percecionaram os filhos como ajustados psicologicamente e que esta perceção variou consoante o nível de escolaridade dos pais (pais com o nível de escolaridade básico percecionam os filhos como tendo mais problemas com os pares e mais problemas no geral), com a idade dos filhos (os filhos mais novos são percecionados como tendo mais comportamentos hiperativos e mais dificuldades no geral e os mais velhos como tendo mais comportamentos pró-sociais) e o sexo dos filhos (os pais percecionaram os filhos como tendo mais comportamentos hiperativos e mais dificuldades no geral do que as filhas). Verificou-se também que existe uma relação entre os estilos parentais e o nível de dificuldades que é percecionado pelos pais, sendo que o comportamento pró-social e os problemas com colegas foi relacionado com o estilo firme e permissivo e os problemas de comportamento e a hiperatividade com todos os estilos parentais. O ajustamento psicológico das crianças pode ser explicado com uma variância de 26% quando são incluídos os estilos parentais, variáveis associadas à crianças (idade e sexo) e variáveis sociodemográficas dos pais (nível de escolaridade). Os resultados obtidos no estudo vão contribuir para uma melhor compreensão das dinâmicas familiares, na área da parentalidade, com pistas para a realização de novas investigações e de modo a contribuir para uma prática preventiva e interventiva com os pais e seus filhos.
- Contributos para o estudo da escola como organização aprendente: estudo empírico num agrupamento de escolas de FaroPublication . Madeira, Luisa Maria Ferreira Garcia e Costa; Monteiro, Ileana PardalDa área da gestão empresarial a conceção de organização aprendente passou para a escola, surgindo um novo domínio do conhecimento, a Escola Aprendente. A escola aprendente é a escola que promove o trabalho colaborativo, a experimentação integrada em processos de ação-reflexão, a inovação e mecanismos de autorregulação. É a escola que problematiza e que procura resolver os seus problemas com a participação de toda a comunidade educativa. A escola aprendente, pelas ações que gera, é uma organização que se projeta no futuro e que, pensa-se, surge como um modelo organizacional que responde aos desafios deste século. O estudo desenvolve-se em duas vertentes: uma teórico-concetual e outra empírica. A primeira assenta nos paradigmas e pressupostos de escola aprendente e nas concetualizações que contribuem para a caracterizar, bem como na análise dos estudos empíricos já realizados em Portugal. Esta parte do trabalho inclui também uma breve abordagem à investigação em educação e ao estudo da escola, pressupostos metodológicos e epistemológicos que direcionaram e sustentaram o estudo empírico. Na segunda parte analisa-se de forma crítica, a partir do modelo teórico-concetual construído, a estrutura da organização e a cultura de escola do objeto de estudo (um agrupamento de escolas em Faro) com recurso a metodologias diversificadas, destacando-se a abordagem qualitativa e o predomínio da entrevista e da observação.
