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- Avaliação dos impactos de intervenção de educação positiva no bem-estar e no desempenho escolar de alunos do 2.º ciclo do Ensino BásicoPublication . Medina, Tatiana de Lurdes Bettencourt; Vieira, Luís SérgioNo último século observou-se um foco da Psicologia na reparação dos aspetos negativos da vida, o que negligencia o indivíduo realizado e a comunidade próspera (Seligman & Csikszentmihalyi, 2000). É neste cenário que surge a Psicologia Positiva tendo como intuito otimizar a qualidade de vida e desenvolver o bem-estar. Nos últimos anos, o interesse manifestado sobre as aplicações da psicologia positiva para a educação tem aumentado. Uma vez que a escola é um dos contextos mais importantes no desenvolvimento dos jovens, este contexto constitui um espaço privilegiado para o desenvolvimento de iniciativas relacionadas com a promoção de bem-estar. Para além disso, evidências sugerem que ao promover o crescimento e o desenvolvimento dos estudantes, o desempenho escolar destes aumenta (Norrish, Williams, O’Connor & Robinson, 2013). Nesse sentido, a presente investigação teve como objetivo avaliar o impacto de uma intervenção de educação positiva no bem-estar e no desempenho escolar de alunos do 2.º ciclo do ensino básico. Recorreu-se a um desenho metodológico quasi-experimental com recolha de dados em dois momentos, antes e após a intervenção, de indicadores de expressão emocional e de satisfação com a vida, num grupo de 85 alunos de uma escola do 2.º ciclo do ensino básico. A intervenção consistiu no registo diário de acontecimentos positivos e a reflexão destes durante um mês. Os resultados obtidos estão em consonância com investigações anteriores, na medida em que suportam os benefícios da promoção do bem-estar nas escolas.
- A educação positiva como base de um modelo de intervenção psicológica com alunos do ensino básicoPublication . Pedro, Vanda Cristina Sotto Mayor Dias; Vieira, Luís SérgioO bem-estar tem vindo a ser reconhecido como um fator determinante no processo de crescimento humano, mostrando-se preditor de aspetos tão diversos como melhor saúde física e mental, relações mais gratificantes, pensamento mais criativo e melhores aprendizagens. A abordagem preventiva adotada em Psicologia Positiva tem levado a Psicologia da Educação a interessar-se pelos possíveis benefícios da promoção do bem-estar em ambientes escolares. No entanto, a investigação e a prática pedagógica não têm fornecido dados suficientes que permitam avaliar a eficácia deste tipo de intervenção. O objetivo principal deste estudo foi avaliar o impacto de uma intervenção de Educação Positiva na expressão de emoções, no bem-estar e, indiretamente, no rendimento escolar de 81 alunos do Primeiro Ciclo do Ensino Básico (2º e 3º anos). Os níveis de bem-estar subjetivo dos participantes foram medidos antes e depois de um exercício que envolvia a recordação, registo e reflexão sobre ocorrências positivas que lhes tivessem acontecido no dia anterior (grupo experimental). Este exercício foi realizado diariamente durante cinco meses e tinha como objetivo aumentar os níveis de expressão de emoções positivas nas crianças. Os resultados indicam que a intervenção não exerceu o efeito diferenciador previsto entre o primeiro segundo momento de avaliação, ou seja, a evolução do bem-estar e da satisfação das crianças que seguiram o programa de intervenção positiva não se diferenciou de forma fiável da evolução do bem-estar das crianças do grupo de controlo. Também o desempenho escolar dos participantes não pareceu ter sofrido uma influência evidente da intervenção. Estes resultados são discutidos à luz de investigações anteriores e das limitações metodológicas do próprio estudo. Torna-se crucial dar continuidade a este tipo de investigação para esclarecer averiguar os seus potenciais efeitos no bem-estar subjetivo das crianças em contexto escolar.
- As memórias de Santiago: do património aos itinerários dos peregrinosPublication . Sousa, Susana Karina Martins de; Oliveira, Luís FilipeO Caminho de Santiago é perspetivado como meio de preservação das memórias de Santiago na Península Ibérica, às quais a Tradição Jacobeia atribui a primeira evangelização, ainda hoje fator de integração geográfica e cultural europeia. Compostela reconhece Faro como um dos pontos de início do Caminho de Santiago, ilustrando o traçado na Credencial Oficial do Peregrino e mantendo registo dos peregrinos que daí partem. No entanto, estes factos não têm correspondência no terreno, dada a insuficiência da sinalética e a alienação da população local. Na prossecução do objetivo principal de propor um itinerário de peregrinos, a sinalizar detalhadamente, localizou-se a presença da Ordem de Santiago no Algarve, caracterizando, particularmente, através do acervo documental - atas das visitações da Ordem de Santiago - os padroados ligados às principais vias de comunicação terrestre entre o Algarve e Portugal. De Faro, a Loulé, Salir e Almodôvar, traça-se uma linha que coincide com o mapa compostelano e com abundantes evidências que não terão surgido dissociadas da vida e dos valores preconizados pela sociedade que as gerou, e que se pretende reativar através do Caminho de Santiago. Observou-se que, em outros pontos do Caminho, a sinalética e a “cultura de acolhimento ao peregrino” são resultado da participação ativa e voluntária da população local, pelo que se considerou primordial o desenvolvimento de um conjunto de ações que permitiram educar, sensibilizar, recolher opiniões e congregar esforços no reconhecimento de percursos.