Browsing by Issue Date, starting with "2017-11-17"
Now showing 1 - 4 of 4
Results Per Page
Sort Options
- Adesão à antibioterapia numa população algarviaPublication . Pontes, Alexandra Ventosa; Ramalhinho, Isabel; Cordeiro, ClaraAtualmente o tema de adesão à terapêutica é motivo de grande preocupação dos profissionais de saúde. Tentar perceber se os doentes tomam a medicação conforme as indicações dadas pelos prescritores e os motivos que levam ao incumprimento dessas mesmas indicações, são a principal razão de inúmeros estudos. Este trabalho teve como principal objetivo a avaliação da adesão à terapêutica antibiótica e dos conhecimentos, atitudes e comportamentos relativos ao consumo dos antibióticos por utentes que visitaram uma farmácia comunitária no concelho de S. Brás de Alportel. Trata-se de um estudo observacional, descritivo e transversal. Utilizaram-se dois métodos indiretos para avaliar a adesão à terapêutica – o autorrelato e a contagem de comprimidos com recurso a entrevista telefónica. Para o efeito adaptou-se um questionário previamente testado. Dos 100 inquiridos, 89% foram considerados totalmente aderentes pelo método da contagem dos comprimidos. No que respeita ao número de dias de tratamento, 84% dos inquiridos afirma ter cumprido totalmente as indicações. Quanto às horas de intervalo o grau de adesão foi um pouco inferior, pois 79% dos inquiridos afirma ter cumprido totalmente as indicações referentes a este parâmetro. Relativamente aos cuidados a ter durante a toma do antibiótico 91% dos inquiridos foram considerados totalmente aderentes. Verificou-se também que 87,3% dos inquiridos que classificaram a qualidade das consultas médicas. O estudo revelou um bom grau de adesão à terapêutica antibiótica, assim como um nível considerado razoável de conhecimentos, atitudes e comportamentos relativos ao consumo de antibióticos. De um modo geral, pode afirmar-se que a maioria dos resultados encontrados corrobora os estudos empíricos nesta área.
- PrEP (profilaxia pré-exposição) no HIV: perspetivas atuais e futurasPublication . Marmelo, André Filipe de Palma; Rocha, João Pedro Fidalgo; Ramalhinho, IsabelO vírus do HIV continua, após 30 anos desde o primeiro caso, a ser motivo de preocupação para a saúde pública mundial. Estima-se que, desde o começo da propagação da doença, tenham sido infetadas com o vírus cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo, resultando na morte de 35 milhões de pessoas (OMS); em Portugal, só no ano de 2014, foram infetadas com o vírus cerca de 1476 pessoas, declarando-se 457 óbitos (DGS). Muito se fez entretanto, por governos e organizações não-governamentais, para travar o vírus. O método de prevenção mais difundido em todo o mundo – o preservativo – garante uma redução da probabilidade de seroconversão que varia entre os 90% e os 95% (Handbook of Nonprescription Drugs). No entanto isso tem-se provado insuficiente para travar a epidemia. O uso do preservativo, embora seguro, não é completamente fiável, e nem sempre utilizado durante o contato sexual, quer seja por razões religiosas, culturais, sociais, ou por simples descuido humano no momento da relação. Foram portanto necessárias novas medidas de combate à transmissão do vírus do HIV. Em Julho de 2012, a FDA, autoridade responsável pelo medicamento nos Estados Unidos da América, aprovou, pela primeira vez, a utilização de um fármaco antiviral na diminuição do risco de transmissão do HIV. Este fármaco (Truvada – emtricitabina e tenofovir disoproxil) seria utilizado por pessoas não-seropositivas antes do contacto com o vírus, de forma a diminuir o risco de transmissão do mesmo. A esta medida designouse o nome de Pre-Exposure Prophylaxis (PrEP). (FDA) Esta nova abordagem pode ser o passo determinante na erradicação de um vírus que tende a persistir, causando consequências catastróficas, não só a nível de óbitos e doentes infetados, como de recursos económicos e humanos empregues numa doença altamente perigosa e que foi perdendo, gradualmente, espaço de debate na sociedade contemporânea.
- Evolução do consumo de quinolonas em Portugal Continental entre 2005 e 2014Publication . Luz, Tiago Miguel Abreu da; Ramalhinho, Isabel Maria Pires SebastiãoOs antibióticos têm sido desde da década de 50 a referência para o tratamento de doenças infeciosas causadas por bactérias patogénicas. O consumo inadequado deste grupo de fármacos e o desinvestimento da indústria farmacêutica neste campo provocou um declínio na efetividade terapêutica, abrindo portas ao aparecimento da resistência bacteriana. Há uma clara correlação entre o volume de antibióticos prescritos a nível comunitário e a prevalência de estirpes bacterianas resistentes. Cerca de 80% dos antibióticos destinam-se ao uso comunitário, estimando-se também que 20 a 50% de todos os antibióticos usados são inapropriados, levando ao aumento de efeitos secundários, maiores custos para o estado e aumento de resistências bacterianas. Para controlar estes fatores negativos é importante uma vigilância detalhada do consumo destes fármacos na comunidade, assim como uma estratégia para controlar o uso excessivo e indevido destes. Este estudo tem como objetivo avaliar o consumo de quinolonas, em ambulatório, em Portugal Continental entre 2005 e 2014, de acordo com a venda de medicamentos comparticipados e dispensados em regime de ambulatório aos utentes do Serviço Nacional de Saúde e subsistemas públicos. Foram utilizados dois métodos de avaliação de consumo, a DHD, expresso em DDD por 1000 habitantes e por dia, e o PHD, expresso em número de embalagens por 1000 habitantes e por dia. Verificou-se uma diminuição do consumo de quinolonas em Portugal Continental, assim como em todas as regiões de saúde, entre 2005 e 2014. No entanto, nem todos os distritos acompanham a tendência nacional, sendo Portalegre o distrito com maior aumento do consumo. A ciprofloxacina é a quinolona mais consumida no país, sendo que a levofloxacina foi a quinolona que sofreu o maior aumento de consumo. Apesar da diminuição do consumo deste grupo de antibióticos, Portugal Continental continua a ter um consumo elevado quando comparado com outros países europeus.
- Abordagem terapêutica na doença de AlzheimerPublication . Sousa, Bárbara Martins; Araújo, Inês; Cristiano, Maria Lurdes SantosA doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva e fatal que conduz à demência e que afeta preferencialmente a população idosa(1). Pode-se considerar esta doença como a grande epidemia deste século, estimando-se um aumento substancial de casos devido ao envelhecimento da população. Clinicamente, esta doença manifesta-se com um declínio gradual da memória e de outras funções cognitivas e neurológicas, devido à degeneração e atrofia cerebral resultante da acumulação extracelular de placas do péptido beta amilóide e de tranças neurofibrilares, constituídos por agregados de Tau hiperfosforilada (2). No entanto, a interação entre estes dois elementos patológicos ainda não é completamente conhecida. De acordo com a literatura, o desenvolvimento da doença de Alzheimer está associado a disfunções nas vias de sinalização, tais como: agregação e deposição de beta amilóide, hiperfosforilação da proteína tau, disfunção neurovascular, processos inflamatórios, stress oxidativo, disfunção mitocondrial(3). Todavia, não são completamente conhecidos os mecanismos responsáveis pelas disfunções que levam ao depósito de placas beta amiloides e ao desenvolvimento das tranças neurofibrilares e, consequentemente, à neurodegenerescência e alterações cognitivas características da doença de Alzheimer. Existem várias hipóteses que ocupam neste momento a comunidade científica e diversos aspetos que podem estar na base do aparecimento da doença, mas o conhecimento disponível sobre este assunto ainda é insuficiente, o que limita bastante o desenvolvimento de soluções terapêuticas eficazes. Assim, surgem dois grandes problemas que comprometem o controlo da doença de Alzheimer: a inexistência de estratégias terapêuticas para travar a progressão da doença nos pacientes já diagnosticados e a inexistência de estratégias preventivas para impedir o seu desenvolvimento em populações suscetíveis. Conhecendo esta problemática e tendo em conta a pertinência e a vontade de aprofundar o tema, o objetivo desta monografia passa pela Revisão Bibliográfica das abordagens terapêuticas disponíveis para aliviar os sintomas da Doença de Alzheimer e dos estudos em curso direcionados para o desenvolvimento de terapêuticas específicas, definindo novas e possíveis abordagens tendo em conta os potenciais alvos descritos pela literatura.