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- Late quaternary nearshore molluscan patterns from Patagonia: Windows to southern southwestern Atlantic-Southern Ocean palaeoclimate and biodiversity changes?Publication . Aguirre, M. L.; Richiano, S.; Voelker, A; Dettman, D. L.; Schöne, B. R.; Panarello, H. O.; Donato, M.; Peral, L. Gómez; Castro, L. E.; Medina, R.Varied approaches (palaeobiodiversity, palaeobiogeography, bioerosion, geochemistry) to unique Patagonian late Quaternary molluscan assemblages in the southwestern Atlantic, with ages especially from interglacial Marine Isotope Stage (MIS) 5e and MIS 1, provide large-scale and long-temporal palaeoenvironmental data for the southern SWA. Together with new patterns of δ18O and δ13C variations in modern, mid-Holocene, and Late to Middle Pleistocene shells of Protothaca antiqua (Bivalvia) and the coeval Pleistocene Tegula atra (Gastropoda), the overall sources of evidence illustrate possible responses to recent palaeoclimate and sea-ice changes around the southernmost SWA-western Antarctica, leading to modern conditions. For the mid-Holocene, the influence of the Hypsithermal is confirmed. In the northern Golfo San Matías, the highest δ18O and δ13C values support higher salinity and sea surface temperatures (SST), and a Golfo San Matías Front stronger than today. Lower δ18O values in the northern Golfo San Jorge (GSJ) compared to the Late to Middle Pleistocene suggest warmer mid-Holocene waters, independently supported by thermally anomalous molluscan taxa, geographical shifts of areas of endemism and absence of T. atra (cold water proxy); overall higher δ13C values compared to present suggest higher productivity. For the Late to Middle Pleistocene (particularly MIS 5e), highest δ13C values (relative to modern and mid-Holocene trends) match with the location of tidal fronts and areas of maximum chlorophyll-a concentrations today. Accordingly, these fronts may have been already active and significantly intensified due to the prevailing climate conditions that included colder waters and stronger upwelling from the southern GSJ southwards. This is independently supported by palaeobiogeographical and bioerosion trends and the dominance of the cold water species T. atra during the Pleistocene, which is dispersed from the SE Pacific into the SWA by rafting on kelps and whose occurrence is controlled by SST, light, winds, and nutrient concentration/productivity. Repeated, abrupt climate oscillations during the last glacial cycle with significant impact on SST, ice melting and surface-ocean stratification in the western Antarctica-Weddell Sea-Antarctic Circumpolar Current realm are so far the only available plausible explanations to account for the different mid-Holocene and modern patterns, and for the regional disappearance of T. atra after MIS 5e. Further palaeoceanographic research in this key area is needed to understand how all these mechanisms operated in the past, potentially influencing the Patagonian shelf waters and coastal fronts.
- Farmed fish as a functional food: fortification strategies with health valuable compoundsPublication . Sant’Ana, Ana Sousa Ramos Ramalho Ribeiro de Magalhães; Dinis, Maria Teresa; Dias, JorgeA actual tendência na indústria de aquacultura para substituir a farinha de peixe e o óleo de peixe por fontes alternativas tem reduzido os níveis de n-3 LCPUFA e microelementos, como iodo e vitamina D3, dos quais o pescado é a principal fonte alimentar natural. A utilização de dietas compostas permite modular a alimentação dos peixes com nutrientes benéficos para a saúde de forma a melhorar a qualidade e o valor nutricional do pescado. A aplicação de um questionário on-line sobre o conceito de fortificação (capítulo 2) revelou que metade dos entrevistados concorda com a fortificação de peixes e estaria disposta a consumir peixe fortificado. Os entrevistados que mostraram um menor interesse em conhecer a origem do pescado (i.e. selvagem vs aquacultura) foram os mais receptivos ao conceito de fortificação. Seguidamente, foram realizados vários ensaios experimentais tendo como principal objectivo a fortificação dos músculos de dourada e de truta arco-íris com compostos benéficos para a saúde humana. Verificou-se um aumento da concentração de iodo e selénio no músculo de dourada e truta como resposta a uma fortificação desses minerais, provenientes de fontes distintas (Capítulo 3). Utilizando níveis semelhantes de suplementação, verificou-se que o teor máximo de iodo no filete de dourada foi maior do que o de truta, o que provavelmente estará associado às diferentes necessidades fisiológicas de homeostasia entre peixes de água doce e marinhos. A eficácia da suplementação alimentar para aumentar a concentração de iodo no músculo dos peixes poderá estar mais dependente da espécie do que da fonte de iodo utilizada. Na truta, obteve-se uma fortificação eficaz de selénio no músculo, após a utilização de uma dieta suplementada com levedura selenizada. A fortificação do músculo de peixes com suplementação alimentar de vitamina D3 é, aparentemente, um processo mais complexo apresentando resultados variáveis (capítulo 4). O aumento de vitamina D3 na dieta, de um nível basal para o nível máximo permitido, não resultou num aumento significativo da concentração de vitamina D3 no músculo. No capítulo 5, discutem-se resultados de um estudo para avaliar o potencial da biomassa de microalgas, recorrendo à diatomácea Phaeodactylum tricornutum, como ingrediente funcional em alimentos para dourada. Observou-se que a utilização de microalgas na dieta permitiu tornar mais apelativa a aparência externa dos peixes, originando uma pigmentação amarela mais viva no opérculo e uma coloração mais clara na região ventral. Além disso, uma avaliação visual realizada por um painel não treinado, mostrou uma clara preferência pelos peixes alimentados com microalgas comparativamente aos alimentados com uma dieta comercial. As matérias-primas provenientes de espécies marinhas, tradicionalmente usadas em alimentos para aquacultura, são recursos escassos, em particular o óleo de peixe rico em n-3 LCPUFA. De forma a estudar a baixa retenção de EPA e DHA alimentar pelos peixes, desenvolveu-se uma estratégia nutricional para promover a retenção metabólica de n-3 LCPUFA no músculo de dourada (Capítulo 6). A composição em ácidos gordos nos tecidos não depende apenas da concentração em gordura dos alimentos, mas é influenciada pelas suas proporções relativas. A composição inicial em ácidos gordos no peixe parece desempenhar um papel importante na eficiência de retenção de EPA e DHA. Observou-se um aumento significativo da retenção de EPA e DHA com a ingestão de MUFA em peixes inicialmente alimentados com uma dieta à base de ingredientes vegetais. A retenção de EPA e DHA no músculo de dourada foi relativamente baixa, sendo a retenção de DHA, geralmente, mais do dobro de EPA. Em conclusão, relativamente a ensaios de fortificação, a utilização de compostos a partir de fontes naturais e/ou orgânicas foi considerada igualmente ou mais eficaz do que a partir de fontes sintéticas. Nos diversos ensaios de fortificação realizados verificou-se que o contributo nutricional dos filetes de truta e de dourada (dose de 160 g) para uma Ingestão Diária Adequada de EPA e DHA foi acima dos níveis recomendados. A mesma dose de filetes de truta tem um contributo de 98% em selénio, mais de 100% em vitamina D3 e 13% em iodo, para a Dose Diária Recomendada. O consumo de 160g de filetes de dourada cobre 60% em vitamina D3 e 84% em iodo dos níveis da Dose Diária Recomendada. As estratégias de fortificação promoveram o aumento do contributo nutricional dos filetes de truta e de dourada, em compostos benéficos para a saúde, resultando em novos produtos, potencialmente candidatos ao mercado de alimentos funcionais. Ao longo do nosso trabalho, foi possível gerar novos conhecimentos sobre a eficácia de fortificação de rações como ferramentas para modular características nutricionais e de qualidade do pescado de aquacultura